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:: ‘Artigos’

O Cervidae

nando da costa lima

Por Nando da Costa Lima

​Seu Nelival tava num dia de poucos amigos. Seu poema, que segundo ele era uma “ode à natureza”, foi desclassificado da final do Festival. Ele só não falou que foi censurado novamente porque, como esta prática foi banida do nosso país, ficava chato afirmar que estava sendo vítima desse crime. Mas nós que estamos de fora temos que analisar olhando não só os poemas, como também devemos ver o lado dos organizadores do evento. Pra ser politicamente correto num país incorreto como o Brasil, é difícil, muito difícil! Esse tipo de argumento também é muito vago. Daí quem cria deve ser o seu próprio censor. Basta ter bom senso! Foi baseado nesse argumento que a organização do Festival de Poesia fez a sua defesa, já que sabendo que Nelival, que além de poeta era militar, ia se achar perseguido.
E foi na Câmara de Vereadores que se deu a discussão! Os prós e os contras lotaram o lugar, o povo só vai lá quando sabe que algum canal de TV está gravando. Mas como o tema era polêmico e havia chamado a atenção do país para o festival (o que já foi bom para os organizadores), tava todo mundo lá. Primeiro falou o advogado do secretário de cultura: “Eu não estou aqui para discutir um problema de censura prévia, isto não aconteceu. O acusador foi desclassificado apenas porque seu poema era bem inferior aos que foram pra final”.
Nelival ficou retado com essa afirmativa, aquilo mexeu com sua cabeça. Segundo ele, um poema é como um filho! E este “louvor” à natureza era um presente que ele tinha dado pra humanidade. Ele escreveu elogiando um animal que é quase um símbolo do nosso país continental. O veado é encontrado em todas as regiões do Brasil. Ele só estava querendo alertar para a caça predatória que põe tantas espécies em extinção, já sumiu quase tudo que merece proteção. Ele, como naturalista, só desejava despertar a consciência das pessoas para protegerem o meio ambiente. Pra evitar dúvidas, decidiu ler o poema e deixar a critério dos vereadores o julgamento. Meteu a mão no bolso e tirou um manuscrito do poema tão polêmico. E fazendo cara de “poeta triste”, começou a narrativa: :: LEIA MAIS »

Dê descanso ao seu domingo

Edvaldo

Por Edvaldo Paulo

Antes de começar uma reunião do CFC – Conselho Federal de Contabilidade, em Brasília, estava conversando com meu amigo Cesar Buzzin sobre as nossas rotinas do dia a dia, alguns costumes e vícios que nos tornam meio mecânicos. A nossa discussão versava sobre a quantidade de atividade que desempenhávamos. Chegamos à conclusão de que precisamos dar descanso aos nossos domingos e feriados.
Sempre vejo as pessoas questionarem outras – o que fez no domingo? – Alguns respondem com um ar de fracasso dizendo que nada fez. Outras já dizem terem realizado várias atividades. Quem é vitorioso? Quem nada fez ou quem muito fez? Para mim, o que muito fez talvez goste de chegar à segunda-feira estressado, cansado para a suas atividades da semana; já eu prefiro o ócio.
Por que Deus, ao fazer o mundo, descansou no domingo? O que significa descansar? Pelo meu entendimento, é nada fazer. É relaxar, gastar o tempo com coisas de que gostamos mas, principalmente quando estamos a fim de fazer.

O Rabino Nilton Bonder, num belíssimo texto sobre o assunto, diz:.

​As montanhas estão com olheiras, os rios precisam de um bom banho, as cidades de uma cochilada, o mar de umas férias, o domingo de um feriado… Quem tem tempo não é sério, quem não tem é importante. Nunca fizemos tanto e realizamos tão pouco. Nunca tantos fizeram tanto por tão poucos. Parar não é interromper. Muitas vezes continuar é que é um interrupção.
O dia de não trabalhar não é o dia de se distrair: literalmente, ficar desatento; é uma atenção – de ser atencioso consigo e com a sua vida.
A pergunta que as pessoas se fazem no descanso é: o que vamos fazer hoje? –Já marcada pela ansiedade. E sonhamos com uma longevidade de 120 anos, quando não sabemos o que fazer numa tarde de domingo. Quem ganha tempo, por definição, perde. Quem mata tempo, fere-se mortalmente. É este o grande “radical” livre que envelhece nossa alegria – o sonho de fazer do tempo uma mercadoria. :: LEIA MAIS »

Saudades e Saudades (Homenagem a Paulinho Baiano)

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Por Valdir Barbosa

Fiquei de encontrar meu caríssimo Leo, amizade que herdei do pai, Leônidas Cardoso, quando deputado, líder do governo, responsável por me fazer designado Delegado Regional de Polícia, nesta querida Vitória da Conquista, isto na década de oitenta.
Pus-me então de pé, na manha de ontem, no canto onde me abrigo, a pousada instalada no alto da serra do Periperi envolvida de um lado pela Br 116 e por outro, pelo Cristo que abraça a cidade aos seus pés. Após o repasto matinal segui andando em destino a Diamantina, revenda de veículos onde o moço é executivo.
Beirava dez horas quando parti, sob sol forte que esquentou a cidade durante todo o dia findo tendo decidido, da forma como faço nas oportunidades em que empreendo caminhadas com maior grau de dificuldade, dividir mentalmente o percurso em quadrantes que vão sendo paulatinamente alcançados, de forma por fazer parecer mais leve o sacrifício de atingir a meta pretendida.
Mal sabia que estava prestes a viajar num roteiro, capaz de me fazer entender que existem tipos diferentes de saudade. Saindo em passos largos, logo após iniciar a descida, ainda na área do hotel defini como primeira meta, a praça onde existe pequeno mercado de flores, ponto de táxi, encruzilhada que leva transeuntes aos quatro cantos da cidade e ali cheguei. Continuei varando a Laudiceia Gusmão já pensando no próximo alvo e continuei ligeiro. :: LEIA MAIS »

Dar o melhor de si

Edvaldo

Por Edvaldo Paulo

Sou da teoria que o homem é que faz o cargo e não o cargo é que faz o homem. Também penso que, antes de reclamar da sua renda, faça-a ficar pequena dando o melhor de si. Caso fique só reclamando e não se dedicando, ela termina ficando enorme, pois a troca torna desigual. Apesar de a esmagadora maioria achar o contrário. O meu professor do ginásio, o inesquecível Dr. Orlando Leite de saudosa memória, com suas tiradas de muita inteligência, dizia, já naquela época, em 1969, que “um diploma de advogado sem saber nada de graça é caro” e assim convidava o alunado a estudar, a se aplicar e aquele que tivesse apenas o interesse na nota poderia sair da sala, pois a nota ele daria. Ele dava o melhor de si com lições, ensinamentos, citações e incentivo aos jovens alunos, tendo sido, para mim, de grande valia. Revendo aqui, no Museu do Louvre, o quadro A Mona Lisa, fiquei a pensar: Leonardo da Vinci, quando o pintou, teria imaginado que sua obra se tornaria o quadro mais popular e conhecido do mundo? Que sua admiração atravessaria gerações e que cópias se espalhariam por lares no mundo inteiro? Não sei, confesso, mas de uma coisa tenho certeza: Leonardo deu o melhor de si naquele momento, naquela obra.
Muitos homens emprestam dignidade e honradez aos cargos que ocupam dando a estes um brilho todo especial e um destaque maior do que outros que ocupam, hierarquicamente, cargos maiores. Acontece também o contrário; homens que ocupam cargos grandiosos achando que o estão exercendo com brilho quando, na realidade, só servem para gracejos de pessoas que os rotulam como “incompetentes”, mas os tapinhas carinhosos dos capachos, estão sempre a afagar os seus egos. Sobre isso, o Presidente Lula definiu muito bem, em um jantar de que participei em Brasília, que contou com sua ilustre e agradável presença e do simpaticíssimo Vice-Presidente, o Sr. José Alencar. Neste momento, o senhor presidente, ao se referir a estes famosos “tapinhas”, dizia que político, quando sai de cargos importantes, nem “vento” leva nas costas (risos). :: LEIA MAIS »

Os atores

nando da costa lima

Por Nando da Costa Lima

​Todo ser humano tem um pouco de ator. Todos nós, em determinados momentos da vida, temos que representar… Independente de profissão e credo. Advogados, médicos, peões, cientistas, todos usam um pouco da dramaturgia para desempenhar melhor o seu papel. Mas quero falar dos atores de verdade, os profissionais, os apaixonados por teatro, cinema, televisão, circo. Eles são incríveis, mesmo quando ainda não famosos. Acho que de tanto emprestarem o corpo a personagens distintos, eles se tornam pessoas mais compreensivas, mais liberais. E é lógico que, por ofício, são necessariamente cultos (ou nem sempre). O ator dá tudo de si para agradar seu público, é claro que quando são elogiados ou ovacionados, parece que transcendem. Tenho para mim que eles usam os aplausos e elogios como um alimento pra alma… Por isso eu os acho diferentes. O ator também tem aquele lado “médium”, é quando ele incorpora um personagem! E não importa que seja anônimo, quando ele assume pra sociedade que é ator, automaticamente passa a ser ator, mesmo que a grande maioria das pessoas acrescente um “pequeno” termo pejorativo: “Aquele ator doido…”, ou “Aquele doido metido a ator”. Infelizmente, tem esses detalhes. Talvez por isso a grande maioria dos atores passa o ofício de pai pra filho, ou mãe pra filha. Porque o único pai que aceita de “primeira” um filho ator é um pai ator… O resto pode até aceitar, mas fica com uma pulga atrás da orelha. E também, numa família de atores, o simples convívio leva os filhos a se interessarem pela carreira dos pais. A maioria dá segmento! :: LEIA MAIS »

A boca do povo

nando da costa lima
Por Nando da Costa Lima

Foi mesmo! Noé de Denga falou que viu tudo, o coração parou de vez na hora que a última urna foi dada por encerrada e ele não teve nem uma dúzia de votos. Nem falou nada antes de entregar a alma a Deus, só deu um peido e caiu de frente no tapetão do cinema. Foi tão de repente que não deu nem pra apostar em que dia ele ia morrer, como era de costume! Um dia triste, mas Lourival da farmácia falou que o “dotô” disse que se tivesse recebido a notícia de que tinha sido eleito, morreria do mesmo jeito, só que uma vez de tristeza e outra de alegria. Isso eu não posso afirmar, é tudo história desse povo conversador que não gosta de ser citado, antes de contar um fuxico faz questão de frisar: “Não está aqui quem contou”. Mas o fato é que Dr. Arnel bateu as botas ainda novo. Mesmo naquela época, pra um homem “rico”, ele viveu pouco. Morreu com 47 anos, seria como se perdêssemos uma pessoa de 60 e poucos hoje… A vida tá ficando mais bonita, de tão linda se alongou, estamos vivendo mais. Mas para um homem dos anos 1940, quarenta e poucos anos era ser jovem, mas não tão jovem. Um senhor!
Morreu casado, sem filhos, e deixou uma viúva nova e mais jovem do que ele pra gastar a fortuna dos Silva sem ninguém pra se intrometer. O que mais marcou foram os comentários preconceituosos daquela época, os amigos contaram várias versões sobre a morte de um homem rico. Ele falava pouco, não sabiam como foi se “encafifar” com política. Os dois se completavam e ela era 20 anos mais nova, o que pra época também era comum (só para os homens). Mas o fato é que o povo, mesmo não participando em nada da vida do casal apaixonado, comentava sobre eles como se fossem íntimos. :: LEIA MAIS »

Ensina a teu filho

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Por Frei Beto

“Ensina a teu filho que o Brasil tem jeito e que ele deve crescer feliz por ser brasileiro.

Há neste país juízes justos, ainda que esta verdade soe como cacófato. Juízes que, como meu pai, nunca empregaram familiares, embora tivessem filhos advogados. Jamais fizeram da função um meio de angariar mordomias e, isentos, deram ganho de causa também a pobres, contrariando patrões gananciosos ou empresas que se viram obrigadas a aprender que, para certos homens, a honra é inegociável.

Ensina a teu filho que neste país há políticos íntegros como Antônio Pinheiro, pai do jornalista Chico Pinheiro, que revelou na mídia seu contracheque de parlamentar e devolveu aos cofres públicos jetons de procedência duvidosa.

Saiba o teu filho que, no monolito preto do Banco Central, em Brasília, onde trabalham cerca de 3 mil pessoas, a maioria é honrada e, porque não é cega, indignada ante maracutaias de autoridades que deveriam primar pela Ética no cargo que lhes foi confiado. :: LEIA MAIS »

Dia das Crianças

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Por Valdir Barbosa

Eu já fui velho, hoje sou meio criança,
Posto cheguei, lá da era do oculto,
Quando acordei, no ventre da lembrança,
Já despertei, meio erado, quase adulto,

E me embrenhei em tantas coisas, muito sérias,
Eram tão sérias, tal qual simples brincadeiras,
Depois de anos tirei folgas, tantas férias,
E no trabalho fiz até, muitas besteiras,

Pois, mesmo bobos são os que pensam ter crescido,
Que haver subido é deixar a inocência,
Pois só o puro, em verdade é evoluído,

Portanto, agora, quando vejo quase perto,
A hora certa de voltar pra lá novo,
Sou um menino, vivo, solto, alegre, esperto.

Saudade​ e Eternidade

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Por Valdir Barbosa

Tenho saudades dela, assim, quando me lembro,
Mil desejos loucos, ao estar em sonho,
Um ontem me remete, as flores de setembro,
O amanhã me leva, aos sítios onde ponho,

Onde ponho tardes, nas quais viverei,
As manhã de um tempo, longe, onde vivi,
E decerto um dia, muito saberei,
Coisas conhecidas que já me esqueci,

E nesta viagem da eternidade,
Na qual se confundem, segredos e lugares,
Não existe canto, para ter saudade,

Pois, saudade é tudo aquilo que tivemos,
Sem saber o tanto, quanto iremos ter,
Posto, a vida eterna é o que nos faz serenos.

Arte Iluminada: Ed Ribeiro

As angústias de uma sociedade “normal”

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Por Milton Filho

A doença mental vai se estabelecendo como coisa normal, vai ficando mais robusta, cresce e numa reação em cadeia, vai contaminando toda a área cerebral.
O resultado é uma sociedade trincada, com fissuras cada vez mais visíveis mas, todos, negando a eminente quebra das colunas que sustenta esse frágil edifício.
O trauma do militarismo que cerceou a liberdade, criou o seu extremo que é a liberdade irresponsável e sem disciplina, criou o medo de dizer não às crianças e adolescentes, criou adultos infantis.

O ego perdeu as rédeas do id que agora, livre, deixa aflorar toda a primitividade represada. Nasce daí as quimeras mentais, monstros surreais, só encontrado em sonhos ou alucinações alcoólicas.

O medo da morte acovarda o homem diante da ousadia daquele que se mostra um titã da degenerescência, quando não, junta-se ao “inimigo” que irá proporcionar as benesses e compensações do distúrbio mental ou emocional. :: LEIA MAIS »

alessandro tibo


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