:: ‘Colunistas’
Gilberto Luna, analista político, traz uma reflexão sobre as diversas pré-candidaturas que estão sendo anunciadas para disputarem vagas de deputado estadual e federal.
Já é do conhecimento da população conquistense, e tenho certeza absoluta de que a Bahia já sabe, que Vitória da Conquista, de forma inédita, está anunciando uma série de postulantes a uma cadeira na Câmara Federal e também na Assembleia Legislativa do Estado.
O questionamento é: Vitória da Conquista terá condições de assumir tantos nomes que estão, até o presente momento, sendo motivo de conversas nos quatro cantos da cidade?
Nós temos aqui, em Vitória da Conquista, vários pensadores, articulistas e analistas políticos, dentre os quais considero o Gilberto Luna um dos mais especiais. Pela sua maneira polida e inteligente de enxergar as coisas, pelo seu tratar de forma isenta, mas com uma reflexão que nos convida também a nos debruçarmos sobre a mesa e analisar o que virá em 2026.
É claro, quem vota tem direito a ser votado. Os partidos se organizam e criam células que possam representá-los nas câmaras municipais, no Executivo, na Assembleia Legislativa e também na Câmara Federal.
Veja a análise que Gilberto Luna fez e que nós passamos para sua leitura e, evidentemente, para que você também reflita: :: LEIA MAIS »
Segundo o analista político Gilberto Luna, a vereadora Gabriela Garrido é a “nova grife da política conquistense”! Leia o artigo que Luna nos enviou.
O articulista político Gilberto Luna é uma das figuras que mais se debruçam sobre a política nacional. Gilberto é antenado, tem conexão com todas as situações que acontecem na política brasileira e no mundo. Voltando seus olhos para o universo conquistense, ele sempre tem feito avaliações que consideramos importantes, todas assinadas por ele, e que julgamos de grande relevância para que os nossos leitores acompanhem e também possam refletir sobre os seus escritos.
O momento atual da política de nosso município, Vitória da Conquista, tem como destaque a perda do mandato do vereador Natan para a vereadora Gabriela Garrido. A vereadora Gabriela Garrido, como todos sabem, é delegada concursada, defensora das causas das mulheres e também atua em defesa do bem-estar animal — notadamente, dos cães. Sem dúvida alguma, todos esses pré-requisitos foram responsáveis por 2.301 pessoas sufragarem o seu nome nas últimas eleições legislativas, o que acabou levando-a à nossa Casa Legislativa.
Gilberto Luna avalia que a vereadora ser “a nova grife da política conquistense”. Ele entende que Gabriela é uma agente política que tem uma visão diferenciada da maioria dos políticos. Não a considera uma vereadora tradicional, uma política convencional, mas sim uma figura inovadora. Seu artigo é bem interessante e vale a pena a leitura.
Portanto, a partir do recesso parlamentar, a Câmara contará com mais uma mulher para compor a bancada feminina, que hoje já reúne os nomes da Dra. Lara Fernandes, Leia de Quinho, Cris Rocha e Viviane Sampaio.
Assim, temos uma nova configuração no nosso Legislativo — e vamos seguir em frente, atentos ao que virá por aí. :: LEIA MAIS »
Tarcísio presidente? ACM Neto vice? Ciro Gomes governador? João Campos governador? E Sheila Lemos governadora? Leiam a análise de Gilberto Luna a seguir.
A política é muito dinâmica. Quando menos esperamos, surge como um meteoro uma novidade no cenário nacional que acaba desfazendo todos os planos de um possível candidato, que traça seu projeto com cuidado, compartilha com alguns amigos mais próximos — e pode acabar se decepcionando diante do resultado do tabuleiro político, que é de um dinamismo fora do comum.
Como todos sabem, há uma expressão muito viva dentro de nós, dita por um político mineiro: “Política é como nuvem, muda de lugar a qualquer momento.”
Hoje recebi meu querido amigo Gilberto Luna — engenheiro civil, empresário, uma figura com quem tenho a honra de conviver, conversar e dialogar, inclusive sobre política, que ambos apreciamos muito. E Gilberto tem um poder de análise invejável.
Gostaria que os nossos leitores pudessem dedicar um tempo para observar com atenção o que Gilberto escreve. E, por incrível que pareça, alguns podem até se assustar: “É possível que isso aconteça?” Sim, é possível. A política é feita com tempo, pragmatismo, seriedade, com grupo — e, sobretudo, com resiliência. É preciso calma, paciência para entender as críticas, os ataques — infundados ou não — e ainda assim manter-se firme no propósito.
Porque, do contrário, a decepção é inevitável. Prepare-se como um grande jogador: treine, exercite-se, estude, planeje — e, um dia, quem sabe, ocupe a sua posição de titular. Mas sabendo que, mesmo com todo o preparo, isso pode não acontecer.
Na política, os planos — os nossos e os dos outros — nem sempre se realizam como esperamos.
A prefeita Sheila Lemos figura nessa análise de Gilberto. E, acreditem, ela é uma possibilidade real. Está mais do que pronta para o momento político que a Bahia apresenta. A matéria é clara, interessante, e vale a leitura atenta.
Leiam. Reflitam. E façam suas próprias análises. :: LEIA MAIS »
O Estado é Laico: Ensaio do professor Dirlei Bonfim!
Brasil um Estado Laico: entre o sacro e o profano
(Prof. Dirlêi A Bonfim)*
O Estado laico brasileiro e as suas incongruências entre o sacro e o profano. Quero iniciar esse Ensaio, com uma pergunta recorrente: afinal de contas, será que as pessoas em geral, sabem o que é um Estado Laico…? Quais são os princípios da laicidade…? Onde deve haver a pluralidade de Religiões e que todas tem o dever de serem Éticas, responsáveis e respeitosas com todas as pessoas indistintamente, especialmente para aqueles cidadãos(ãs), que professam a sua Fé, para as religiões de matrizes africanas tão perseguidas ao longo da história e outras tantas orientais e ou ocidentais, não importa. No nosso caso brasileiro, a Constituição – no seu Artigo 19 da Constituição Federal (CF/88) estabelece que a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios não podem estabelecer cultos religiosos, subvencioná-los, ou mesmo sugerir ou propor o funcionamento ou manter com eles relações de dependência ou aliança, salvo colaboração de interesse público na forma da lei. Este artigo é fundamental para garantir o Estado Laico no Brasil, assegurando a liberdade de crença e o respeito à diversidade religiosa. Este artigo é o principal ponto de referência para a laicidade no Brasil. No Art. 5º. inciso VI: garante a liberdade de consciência e de crença religiosa, garantindo de que ninguém seja privado de direitos por quaisquer motivos relacionados à sua crença o que vai reforçar às convicções teológicas, filosóficas e ou políticas. Ele estabelece que o Estado não pode se envolver com religiões, seja estabelecendo uma religião oficial, seja favorecendo ou interferindo em outras. O Estado laico significa que o Estado é neutro em matéria religiosa, não favorecendo ou discriminando qualquer religião. Ele garante a liberdade de consciência e de crença, assegurando que ninguém seja privado de direitos por motivo de crença religiosa ou convicção filosófica ou política. A invocação a Deus no preâmbulo da Constituição não altera a laicidade do Estado, pois não cria direitos e deveres, não tendo força normativa. O Supremo Tribunal Federal (STF) tem confirmado que a invocação a Deus no preâmbulo não enfraquece a laicidade do Estado brasileiro. É fato de que todos nósdevemos ter o respeito pelos ateus e agnósticos… Qual é o problema...? Seja feliz com a sua fé, à sua escolha e deixe o outro também ser feliz com a escolha dele(a) … Afinal de contas, quem somos nós, senão pobres mortais pecadores, cheios de mágoas, rancores, falsidade, hipocrisia e fraquezasqueremos rotular o outro, convencer o outro, sugerir e propor ao outro, a pulso, a ferro e fogo, não é correto, não é de bom alvitre, deixe cada um desenvolver a sua escolha ao seu bel prazer, ninguém tem nada haver com isso, a fé de cada um, é a fé de cada um, cada qual com a sua, no mais absoluto respeito pelo outro… Portanto, sejamos minimamente dignos de ser, ser humano… com todos os nossos defeitos e acertos, quem não os tem…? ” que atire a primeira pedra”… que tanta insistência é essa, que imbecilidade, que tanta bobagem… Alguns querem propor o uso obrigatório da Bíblia nas Escolas… é válido esclarecer, que a Bíblia, não é o único Livro considerado Sagrado do Planeta. Além da Bíblia, os principais livros sagrados do mundo incluem o Alcorão, a Torá, o Bhagavad-Gita, os Vedas, o Tri-Pitaka, o Tao Te Ching, os Analectos de Confúcio, o Kitáb-i-Aqdas e muitos outros. Os livros consideradossagrados são importantes, são textos fundamentais para a compreensão e prática de várias religiões e tradições espirituais ao redor do mundo. Além dos textos religiosos, outros livros também são considerados sagrados por algumas comunidades. Contudo, é necessário, no entanto, alguns esclarecimentos, o que há de religiões espalhadas com princípios teológicos confusos, adaptados para as conveniências e conivências de toda ordem, cheias de charlatanismos, para satisfação e adoração de alguns em detrimento de muitos o que não deixa de ser algo assustador, delituoso e desumano, enganar à Fé alheia, em benefício próprio ou de um grupo, não é algo correto, ou é…? É necessário que fiquemos atentos e muito cônscios daquilo que se quer, de como se quer… e porque se quer…? As chamadas religiões Abraâmicas: Alcorão: O livro sagrado do Islão, contendo as revelações divinas a Maomé. Tora (Tanakh): O livro sagrado do Judaísmo, que contém as leis e os relatos dos primeiros cinco livros da Bíblia. Bíblia: A Bíblia cristã, que inclui o Antigo e o Novo Testamento, contém relatos e ensinamentos sobre a fé cristã. Já a religião espírita, também conhecida como kardecismo, é uma doutrina filosófica, religiosa e científica que se baseia na crença na existência dos espíritos e na possibilidade de comunicação com eles através de médiuns. Fundada por Allan Kardec, no século XIX, a doutrina enfatiza a evolução espiritual através da reencarnação, a importância da caridade e o desenvolvimento moral. Na doutrina espírita, há uma busca pela Evolução espiritual: a crença de que a alma evolui através de múltiplas vidas, aprendendo e crescendo espiritualmente. A Reencarnação: A ideia de que a alma, após a morte física, reencarna em um novo corpo para continuar seu processo de evolução. Comunicação com os espíritos: A possibilidade de comunicação com espíritos desencarnados através de médiuns, que atuam como intermediários. Caridade: a importância de praticar a caridade, tanto com os vivos quanto com os desencarnados, como forma de progredir espiritualmente. Jesus como modelo: a figura de Jesus é vista como um exemplo a ser seguido, um guia para a evolução moral e espiritual. :: LEIA MAIS »
Gilberto Luna reforça apelo por duplicação da BR-116: o silêncio não pode ser a resposta.
A batalha pela duplicação da BR-116, a conhecida Rio-Bahia, travada há décadas pela sociedade conquistense, tem atingido novos horizontes e ganhado mais força nos últimos tempos. Trata-se de uma luta que não é apenas local ou regional, mas de interesse nacional. A duplicação da Rio-Bahia é vital não só para Vitória da Conquista e o sudoeste baiano, mas para o desenvolvimento econômico do Brasil.
A BR-116 é uma das principais artérias rodoviárias do país. Por ela escoa a riqueza do Brasil. Nosso transporte de carga ainda é majoritariamente rodoviário — e isso, por si só, já a torna cara e perigosa. Mais do que um apelo por segurança, essa luta é por logística eficiente, por desenvolvimento, por competitividade.
Vitória da Conquista viu seu trecho urbano da Rio-Bahia se transformar em uma armadilha. Ali já não se fala mais apenas em congestionamentos ou acidentes. Estamos falando de tragédias repetidas, de mortes evitáveis, de um colapso anunciado. A duplicação da rodovia, que data dos anos 1960, há muito não atende mais à demanda da região. Perdemos tempo, e estamos pagando um preço alto por isso.
O que é inadmissível — e insustentável — é o silêncio das autoridades federais e estaduais. Não se trata de culpar os vereadores, a prefeita Sheila Lemos ou a sociedade civil organizada, que têm se mobilizado intensamente. O que se cobra é uma ação decisiva daqueles que têm o poder da caneta: o governo federal, o governo estadual, os ministros, os deputados com mandato e responsabilidade.
O ex-governador e atual ministro da Casa Civil, Rui Costa, conhece de perto a realidade da Bahia. O governador Jerônimo Rodrigues, alinhado politicamente ao governo Lula, também. Não faltam lideranças com poder de decisão e histórico de atuação no estado.
É hora de parar com promessas e partir para ações concretas. E é com esse espírito de inquietação que destacamos a voz do empresário e engenheiro Gilberto Luna, um dos que, assim como tantos outros cidadãos, se recusa a aceitar passivamente a inércia. Sua reflexão, publicada a seguir, é mais um grito vindo do coração de uma cidade que pede socorro — e que merece ser ouvida. :: LEIA MAIS »
PH
Por Marco Jardim
Pra quem vive bem, o tempo estaciona por frames de segundo.
E o mundo transita, equilibrando sulcos e frisos, lágrimas e risos.
Flutua, intrépida, a essência gotejada da vida.
A acidez e a doçura na inesperada partida.
Despertada, iluminada em chama de vela derretida.
Oscilante e eterna, acesa e alcalina, a vida.
Nos lírios de seu vestido, tocando o braço da mesa, veja.
É o som cacheado do poeta bandoleiro.
Faceiro, anti-herói, vaidoso até.
Bendito seja o som da bossa, axé, travando a língua raiz.
Cordão umbilical rompido em dia cor de giz.
Na barra da saia da vida, poema cantado, aprendiz.
Interestelar, tomando o tempo e o espaço na infinita distância.
É esta a ânsia do “nossa, que dia feliz”.
É como levar os abraços pra casa em ciranda.
A inteira vida tocada em brisa branda.
A música, hoje, eu mesmo escolho.
Mas quem tem a chave que cabe precisa no ferrolho da idade do mar?
Somente a existência sabe medir o meu PH com exatidão.
Entre a certeza do amor e a delicadeza, a vida que resta no meu coração.
A solidão da dor!
Autor Edvaldo Paulo de Araújo
Durante a minha vida, passei por muitas e muitas dores alucinantes. Quantas vezes, pelas ruas de minha cidade, noites de neblinas, a chuva no meu rosto fundiu com minhas lágrimas? . Sentia-me absolutamente sozinho, sem amparo, sem palavras de consolo e lutava com o remédio da oração, para acalmar meu coração. Tantas vezes….
Casei, fiz uma família e esses estados minoraram, as dores foram mais aliviadas pelo aconchego dos meus, mas sempre a mesma constatação: a solidão da sua dor.
Ano passado, num pedal fatídico, estava com o meu melhor amigo, Onildo Oliveira Filho, que, no retorno, depois de 17km pedalando, veio a sentir-se mal. Mesmo com os meus cuidados, veio a falecer nos meus braços. Estabeleceu -se, por algum tempo, a esperança de que ele se restabelecesse, mas aconteceu e tinha acontecido no fatídico momento a sua morte. Foi uma dor dilacerante.
É uma grande dor. Durante um bom tempo, o sofrimento da sua perda, a lembrança do momento, a insistência dele naquele dia para pedalar, ficaram impregnados em mim, num sofrimento sem fim.
Refugiei-me em orações, buscando ajuda dos espíritos de luz, guiados pelo amor de Jesus, mas me veio aconstatação de como a dor é solitária, como ela está tão dentro de nós, de como ela fica impregnada no nosso ser, numa solidão sem fim. Por mais que tenhamos amparo, mas há os momentos sozinhos e aí ela aflora e vem a mais ampla e torturante solidão dessa dor.
O que fazer? Diz André Luiz: “Não permita que a dificuldade lhe abra a porta ao desânimo, porque a dificuldade é o meio de que a vida se vale para melhorar-nos em habilidade e resistência”. Não há como fugir, se acalmar, orar e ter a certeza ligada totalmente, a esperança de que vai passar, de que faz parte do viver nesse planeta, que essas alternativas são para aprimorar nossa resistência como diz nosso amado André Luiz.
A fé é o remédio seguro do sofrimento; mostra sempre os horizontes do infinito diante dos quais se esvaem os poucos dias brumosos do presente. Não nos pergunteis, portanto, qual o remédio para curar tal úlcera ou tal chaga ou a solidão da sua dor. Lembrai-vos de que aquele que crê é forte pelo remédio da fé. Não sufoque a sua dor, compartilhe, busque ajuda, mas saiba ela é sua e só você vai sair dela.
Pierre Teilhard de Chardin, Jesuíta, paleontólogo, antropólogo francês, que viveu entre 1881 e 1955, autor do conhecimento do livro O FENÔMENO HUMANO, dividiu os homens em três categorias: :: LEIA MAIS »
Meus anos vindouros
Por Edvaldo Paulo de Araújo
Há alguns dias, ao me deslocar para o meu trabalho, liguei o rádio, e uma linda canção me emocionou enormemente. Ao analisar minha vida, minha idade, veio-me o pensamento que estava vivendo meus últimos anos aqui na Terra, claro ao fazer uma análise do meu quadro geral de vida, sem incluir as surpresas que elas pertencem ao meu livre arbítrio e a Deus.
A canção de Daniel se chama “Pra ser feliz” que muito chamou a minha atenção, me fazendo chorar quando pensei em Minha família.
Pra ser feliz
Do que é que o ser humano necessita?
O que é que faz a vida ser bonita?
A resposta, onde é que está escrita?
Pra ser feliz
O quanto de dinheiro eu preciso?
Como é que se conquista o paraíso?
Quanto custa
Pro verdadeiro sorriso
Brotar do coração?
Os meus últimos anos de vida terrena estão a minha frente; quero vivê-los com leveza, com serviços ao próximo, como sempre vivi, estar perto dos meus amigos em dificuldades principalmente de saúde. Quero estar mais perto do oceano, das florestas, visitar cidades que tanto admiro, viver mais a minha Itália tão amada por mim.
Meus olhos encheram de lágrimas, quando pensei na minha partida, e lá nosso Deus me enviasse para uma de suas casas e eu não pudesse vir abraçar, beijar, afagar e estar perto de meus netos. O que seria de mim, Pai? Nem consigo pensar, quando me lembro de cada um deles, cada jeito individual, cada beijo, cada palavra de amor, cada dizer que te amo, vovô. Nem consigo imaginar os momentos que tive com cada um individualmente que para sempre ficarão no meu velho coração. Sei que a justiça de Deus é perfeita; sei que ele dará um jeito para matar a minha dolorosa saudade! Mais dolorosas serão a saudade e falta da minha esposa querida, dos meus filhos, dos meus amigos… Por isso meus anos vindouros tenho que vivê-los perto deles; tenho que estar mais livre, servir e vivenciar ainda mais a oração de São Francisco de Assis.
Senhor, fazei-me instrumento de vossa paz.
Onde houver ódio, que eu leve o amor, Onde houver ofensa , que eu leve o perdão,
Onde houver discórdia, que eu leve a união,
Onde houver dúvida, que eu leve a fé,
Onde houver erro, que eu leve a verdade,
Onde houver desespero, que eu leve a esperança,
Onde houver tristeza, que eu leve a alegria,
Onde houver trevas, que eu leve a luz.
Ó Mestre, fazei que eu procure mais
consolar que ser consolado;
compreender que ser compreendido, amar, que ser amado.
Pois é dando que se recebe
é perdoando que se é perdoado
e é morrendo que se nasce para a vida eterna… :: LEIA MAIS »
Ainda desumanos
Por Edvaldo Paulo de Araújo
Há dias passados estava a tomar meu café da manhã(como chamamos) e no meu pequena prato tinha uma minúscula formiga a participar comigo da refeição. Em outros tempos agiria de forma diferente, mas hoje jamais faria mal aquele pequeno ser de Deus, como não o fiz.
Na minha casa tenho um lindo campo de futebol soçaite, gramado dos belos estádios do Brasil, o amigo Orlando que cuida de lá a mais de dez anos, chamou atenção pelo imenso formigueiro que tinha no canto, mim orientando para a compra de veneno para dizima-las. Mostrei a ele a beleza da união delas e o trabalho em equipe e que jamais as mataria nesse extermínio sem igual. Sinceramente, Deus mim deu essa consciência e não posso feri-la, de maneira nenhuma. Não tenho fazenda, não como carne vermelha, ninguém precisa morrer para eu viver.
Albert Schweitzer, no seu latente e grandioso humanismo disse em um dos seus discursos “O homem não será realmente ético, senão quando cumprir com a obrigação de ajudar toda a vida á qual possa acudir, e quando evitar de causar prejuízo a nenhuma outra criatura”
Para estimular a leitura daqueles que nunca ouviram falar de Albert Schweitzer, antecipo dizendo que este grande homem foi Doutor em Filosofia, Doutor em Teologia, Doutor em Medicina (exercendo plenamente esses títulos como Filósofo, Teólogo e Médico), Músico internacionalmente reconhecido, Pastor Protestante, Professor Universitário, Erudito, Missionário, precursor da bioética, do trabalho humanitário e das atuais ONGs, Prêmio Nobel da Paz em 1952. ” “O fato essencial que devemos reconhecer em nossas consciências que já deveríamos ter reconhecido a muito tempo é que estamos nos tornando desumanos, a medida que nos tornamos super-homens, a medida que aprendemos tolerar os fatos da guerra, onde homens são mortos em massa, algo como vinte milhões na segunda guerra mundial. Que cidades inteiras e seus habitantes são aniquilados pela bomba atômica, que homens são transformados em tochas humanas por bombas incendiarias, somos informados dessas coisas pelo radio ou pelos jornais e ai julgamos como sucesso para o grupo a que pertencemos ou para nossos inimigos. Quando admitirmos que esses atos sãoos resultados da conduta desumana, essa admissão seráacompanhada pelo pensamento que a guerra em si, não deixa opção senão aceita-los. Ao nos resignarmos a esse destino, sem esboçarmos resistência ,estaremos sendo culpados de desumanidade. O que realmente importa é que devemos todos nos dar contas que somos culpados de desumanidade….”
Filho de uma proeminente família, Albert Schweitzer nasceu em Kaysersberg, na região da Alsácia-Lorena, em 14 de janeiro de 1875 e foi criado em Gunsbach, distante apenas 20Km, para onde mudou-se a família quando Albert ainda era um bebê. O pai, Louis, pastor luterano e professor, deveria atender àquela comunidade em suas funções. O avô e um tio foram prefeitos em comunas na região. A prima em primeiro grau, Anne Marie Schweitzer, casou-se com o oficial da marinha francesa Jean-Baptiste Sartre, sendo mãe de Jean-Paul Sartre.
Conta o próprio Albert Schweitzer que, aos vinte e um anos, deparou-se com a questão da escolha de sua carreira: músico, professor, teólogo? Meditou seriamente sobre essas palavras de Cristo: “Aquele a quem a vida cumulou de benefícios está obrigado a reparti-los em igual quantidade. Aquele que se vê livre de sofrimentos deverá contribuir para o alívio dos outros. Todos temos que carregar parte da carga de dor que pesa sobre a humanidade”. E assim firmou um pacto para consigo mesmo, de que iria dedicar-se à música, filosofia e teologia até os trintas anos. Após, renunciaria suas ambições pessoais para pôr-se à serviço da humanidade.
Todos os dias de nossas vidas vemos guerras, conflitos, assassinatos, políticos desonestos que roubam os recursos do povo, desconhecendo o nosso dever para com nossos irmãos. Não dá pra entender como o homem joga uma bomba em cima de seus irmos velhos, crianças, mulheres gravidas, como dizer que são humanos? Como dizer que acredita em um Deus, com essa desumanidade latente e perversa? :: LEIA MAIS »
Incertezas
Autor Edvaldo Paulo de Araújo
Qual a certeza maior de nossas vidas? Muitos dirão: – a morte. Não gosto dessa palavra pois não acredito nela, e, sim, uma viagem de volta para nossas casas. Somos daqui? Não.Viemos para um estagio com aprendizado sublime aqui nesse planeta Terra.
A esmagadora maioria na Terra tem essa incerteza; o pior: vive sua vida como se a chamada “morte” sóacontecesse aos outros. Vidas desregradas, num afã do ter, jamais do ser, sem curtir as belezas inimagináveis com que Deus nos presenteou, principalmente as belezas intimas do conhecimento e do exercício dessas belezas.
Está claro, na imensa obra do Criador, que estamos aqui para crescer em conhecimentos, em compaixão, solidariedade e amor. Como crescer e o que nos move nessa busca eterna de conhecimentos? São nossas incertezas? Possivelmente.
O que guia o nosso progresso? O que nos faz caminhar nesse intento? Comenta Allan Kardec, na questão 781 de O livro dos Espíritos: “Sendo o progresso uma condição da natureza humana, não está no poder do homem opor-se–lhe. É uma força viva, cuja ação pode ser retardada, porém não anulada, por leis humanas más”.
O ser humano tem, em si, o gérmen do aprimoramento, lutando constantemente para encontrar-se em um estado melhor do que oimediatamente anterior. A insatisfação é da nossa natureza e representa importante propulsor da evolução.
Temos, em nós (alguns mais que outros), a extrema busca pelo que nos reserva o amanhã, e a latente incerteza é que nos move ao conhecimento e àbusca incessante de maior conforto, seja na esfera material ou espiritual. A escassez de alguns recursos e a existência de algumas necessidades nos colocam numa posição de tentar supri-las até conseguirmos, para, em seguida, identificarmos outra cujo alcance é razão suficiente paraenvidarmos todos os esforços de crescimento. Nesse contexto, a incerteza, que não se deve confundir com a falta de fé, é um fator catalidor e psicológico da marcha humana.
Por sermos pensantes, buscadores, insatisfeitos, se já tivéssemos nossas necessidades plenamente satisfeitas, muito provavelmente nos entregaríamos à inercia e ao comodismo. Nada teríamos a conquistar; não daríamos valor ao que temos, e a vida careceria de propósito.
Muitas vezes, escuto de pessoas, na sua batalha na vida, que, ao se aposentar, não pretendem fazer mais nada. Brinco que será assim por pouco tempo, pois virão intimamente as cobranças a sugerir a saída dessa inércia. Não nascemos para ficarmos estagnados; quem o faz, sofre os efeitos perversos, como, por exemplo, a entrega ao alcoolismo, adroga e a infelicidade. Entendo eu que o crescimento é como uma necessidade fisiológica; tem que acontecer, faz parte do nosso DNA. :: LEIA MAIS »