Ainda desumanos
Por Edvaldo Paulo de Araújo
Há dias passados estava a tomar meu café da manhã(como chamamos) e no meu pequena prato tinha uma minúscula formiga a participar comigo da refeição. Em outros tempos agiria de forma diferente, mas hoje jamais faria mal aquele pequeno ser de Deus, como não o fiz.
Na minha casa tenho um lindo campo de futebol soçaite, gramado dos belos estádios do Brasil, o amigo Orlando que cuida de lá a mais de dez anos, chamou atenção pelo imenso formigueiro que tinha no canto, mim orientando para a compra de veneno para dizima-las. Mostrei a ele a beleza da união delas e o trabalho em equipe e que jamais as mataria nesse extermínio sem igual. Sinceramente, Deus mim deu essa consciência e não posso feri-la, de maneira nenhuma. Não tenho fazenda, não como carne vermelha, ninguém precisa morrer para eu viver.
Albert Schweitzer, no seu latente e grandioso humanismo disse em um dos seus discursos “O homem não será realmente ético, senão quando cumprir com a obrigação de ajudar toda a vida á qual possa acudir, e quando evitar de causar prejuízo a nenhuma outra criatura”
Para estimular a leitura daqueles que nunca ouviram falar de Albert Schweitzer, antecipo dizendo que este grande homem foi Doutor em Filosofia, Doutor em Teologia, Doutor em Medicina (exercendo plenamente esses títulos como Filósofo, Teólogo e Médico), Músico internacionalmente reconhecido, Pastor Protestante, Professor Universitário, Erudito, Missionário, precursor da bioética, do trabalho humanitário e das atuais ONGs, Prêmio Nobel da Paz em 1952. ” “O fato essencial que devemos reconhecer em nossas consciências que já deveríamos ter reconhecido a muito tempo é que estamos nos tornando desumanos, a medida que nos tornamos super-homens, a medida que aprendemos tolerar os fatos da guerra, onde homens são mortos em massa, algo como vinte milhões na segunda guerra mundial. Que cidades inteiras e seus habitantes são aniquilados pela bomba atômica, que homens são transformados em tochas humanas por bombas incendiarias, somos informados dessas coisas pelo radio ou pelos jornais e ai julgamos como sucesso para o grupo a que pertencemos ou para nossos inimigos. Quando admitirmos que esses atos sãoos resultados da conduta desumana, essa admissão seráacompanhada pelo pensamento que a guerra em si, não deixa opção senão aceita-los. Ao nos resignarmos a esse destino, sem esboçarmos resistência ,estaremos sendo culpados de desumanidade. O que realmente importa é que devemos todos nos dar contas que somos culpados de desumanidade….”
Filho de uma proeminente família, Albert Schweitzer nasceu em Kaysersberg, na região da Alsácia-Lorena, em 14 de janeiro de 1875 e foi criado em Gunsbach, distante apenas 20Km, para onde mudou-se a família quando Albert ainda era um bebê. O pai, Louis, pastor luterano e professor, deveria atender àquela comunidade em suas funções. O avô e um tio foram prefeitos em comunas na região. A prima em primeiro grau, Anne Marie Schweitzer, casou-se com o oficial da marinha francesa Jean-Baptiste Sartre, sendo mãe de Jean-Paul Sartre.
Conta o próprio Albert Schweitzer que, aos vinte e um anos, deparou-se com a questão da escolha de sua carreira: músico, professor, teólogo? Meditou seriamente sobre essas palavras de Cristo: “Aquele a quem a vida cumulou de benefícios está obrigado a reparti-los em igual quantidade. Aquele que se vê livre de sofrimentos deverá contribuir para o alívio dos outros. Todos temos que carregar parte da carga de dor que pesa sobre a humanidade”. E assim firmou um pacto para consigo mesmo, de que iria dedicar-se à música, filosofia e teologia até os trintas anos. Após, renunciaria suas ambições pessoais para pôr-se à serviço da humanidade.
Todos os dias de nossas vidas vemos guerras, conflitos, assassinatos, políticos desonestos que roubam os recursos do povo, desconhecendo o nosso dever para com nossos irmãos. Não dá pra entender como o homem joga uma bomba em cima de seus irmos velhos, crianças, mulheres gravidas, como dizer que são humanos? Como dizer que acredita em um Deus, com essa desumanidade latente e perversa?
As vezes digo que não consigo entender, mas entendo sim, só não aceito e nem compreendo um ser, que tendo o mínimo de consciência, fere, mata outro ser humano de maneira tão vil. Assim como não entendo e nem consigo, políticos ladroes que roubam a esperança de um povo, deixando-o na miséria, na fome, em corredores de hospitais, crianças sem esperança e sem escola, pais e mães de famílias sem emprego e sem sustento. Onde está a humanidade deles? E a de quem os segue?
A segunda grande guerra, Adolf Hitler e o “nazismo” mataram milhões e milhões de Judeus na mais absoluta crueldade, diria inimaginável crueldade, e o mundo aprendeu?
Buscar a nossa humanidade é uma luta de cada dia de todos nós. Buscamos no aprendizado de grandes mestres, no evangelho e no espirito grandioso do Mestre dos Mestres, Jesus o Cristo.
No Livro do médio querido Divaldo Franco, “transição planetária”, pelo espirito amado e abençoado Joanna de Ângelis, nos dá a sublime esperança, quando nos relata que estamos em plena transição saindo de expiação para regeneração, Louvado seja Deus nosso!
” O Planeta Terra está passando por uma grande mudança. Espíritos tenazmente fixados no mal veem recebendo os derradeiros convites de transformação moral para que possam prosseguir junto a uma humanidade que deixará o mundo de expiações e provas para adentrar a fase de regeneração. É um longo processo que já se iniciou há cerca de um século. O planeta já se encontra na terceira fase do processo. O primeiro estágio começou com a deportação de espíritos criminosos de tal maneira arraigados no mal que só o choque com um mundo primitivo poderia provocar alguma reação de mudança. O segundo estágio propiciou reencarnações de redenção acelerada para enormes contingentes, de forma a ajudá-los a superar seus profundos complexos de culpa e, desta forma, evitar o degredo. Esses renascimentos expiatórios foram concentrados na África, na Ásia, América Latina e em alguns lugares da Europa. Essas populações enfrentariam o choque provocado por indizível sofrimento, tal como mortandade em massa devido à fome, às guerras e às hecatombes telúricas localizadas. Já a terceira parte do processo de expurgo terrestre, a mais longa, será mais seletiva e deverá perdurar do século 21 ao 24. As oportunidades têm sido devidamente concedidas a todos os espíritos do planeta, e os que não demonstram sentimentos em vias de purificação, ainda estando aferrados à maldade, ao ódio e à revolta, serão conduzidos ao orbe primitivo. Lá terão de reencarnar em sociedades ainda primitivas e passarão a ajudar aquele planeta a evoluir”. Do livro O Flagelo de Hitler, Autor Albert Paul Dahoi
Um dia, nas graças de nosso amado Deus e com toda a luz infinita de amor do nosso amado Mestre dos Mestre, Jesus o Cristo, seremos os encarnados, plenamente humanos.
Humanos repletos de amor, fundamentado no amor, vivendo o amor pleno, como irmãos verdadeiramente que somos.
Acreditemos, pois Deus é eternamente e infinitamente bondoso e sabe do seu projeto.