A política não é brincadeira, é uma coisa muito séria, e quem quiser fazer parte desse jogo que mexe com o humor do brasileiro como acontece no Maracanã em dia de Vasco x Flamengo, terá que ter muita paciência, prudência, equilíbrio e resiliência, e se alguns preferirem, é preciso ter “sangue de barata”. Pois é, é isso mesmo.

Lembro que conversei amistosamente com o presidente do PL de Vitória da Conquista, o jovem advogado Flávio Farias, e ele não via outro caminho senão o seu partido lançar candidatura própria à prefeitura da cidade.

Um microfone impressiona mais que várias canetas, às vezes muito mais que uma vida dedicada à uma sociedade, principalmente quando a voz propagada impressiona por ter uma sonoridade diferente, por exemplo, duas palavras, “não obstante”, ecoa assim, o S é substituído pelo X e chega aos seus ouvidos de forma carregada e sou obrigado a repetir Não Obstante com X, “obxxxtante”, é duro, viu!

A prefeita Sheila Lemos aguardou, trabalhou com discrição, manteve contatos, e até que hoje, terça-feira, 19, o PL juntou-se ao bloco de partidos que apostam na reeleição da atual gestora.

Não obstante a tudo isso, está tudo em paz, as relações republicanas estão mantidas e agora o PL fará todo o esforço do mundo para atrair PDT e PP para a aliança partidária que enfrentará Waldenor e Lúcia Rocha, os outros dois pré-candidatos.

O resultado já era esperado, e quem sabe poderemos ver outra vez juntos, sentados ao redor da mesma mesa, ACM Neto e João Roma. E porque não, se já vimos Lula e Alckmin, e quase víamos Waldenor Pereira e Lúcia Rocha?

Enquanto isso, Flávio Farias se acomoda, entende as lutas maiores e deve ter explicado aos pares da sua sigla: “infelizmente não deu, tentamos”.