Existe uma máxima no futebol que diz o seguinte: se puder fazer 10 gols, faça, não economize. E foi exatamente isso que aconteceu com o Botafogo. Todos nós lembramos que, na semana passada, no estádio do Glorioso, Nilton Santos, o Botafogo enfrentou o Peñarol, do Uruguai, e aplicou-lhe uma goleada de cinco a zero. Esses cinco gols contribuíram para o resultado que vimos ontem em Montevidéu. O Botafogo cumpriu seu dever de casa, literalmente.

Se não tivesse feito isso, poderia estar voltando ao Brasil lamentando por não ter avançado à final da Copa Libertadores das Américas, onde enfrentará outra equipe brasileira, o Atlético Mineiro. Os cinco gols marcados no estádio do Botafogo foram suficientes para garantir sua vaga na final. Em Montevidéu, o que vimos foi um verdadeiro espetáculo de amor e crença no impossível. A torcida do Peñarol, que lotou o estádio, foi um fator decisivo para que a equipe uruguaia marcasse dois gols. No entanto, perder por quatro gols levaria a partida para a disputa de pênaltis, o que o Botafogo não permitiu.

A equipe do Peñarol, apesar de limitada e de não estar entre as melhores, foi impulsionada pela motivação e pelo incentivo da torcida, que transformaram o time em campo. A torcida, gritando do início ao fim, levou o Peñarol a marcar dois gols. Depois, o Botafogo reagiu, fez um gol e, por fim, marcou mais um, fechando o placar em três a um. Esse resultado garantiu a nossa equipe na grande final contra o Atlético Mineiro, novamente em Montevidéu.

Fica a lição: quem puder fazer cinco ou dez gols, que faça. Não economize. Não perca tempo com firulas ou jogadas desnecessárias. O jogo de ontem nos trouxe duas lições: primeiro, que o Botafogo fez sua parte aqui no Brasil; e segundo, que o amor da torcida pode impactar emocionalmente os jogadores, mesmo que a equipe seja inferior à adversária. A torcida do Peñarol tentou transformar um resultado desfavorável em um sonho, e quase conseguiu.