:: 27/out/2024 . 19:48
Em São Paulo, prevalece a força da direita, e Boulos amarga uma derrota mesmo com o apoio do presidente Lula. A esquerda acende o sinal de alerta.
Com o surgimento da liderança do metalúrgico Luiz Inácio Lula da Silva, nos anos 1980, a esquerda começou a aparecer para o eleitorado brasileiro como uma força emergente, capaz de oferecer respostas aos problemas diversos que parte da população buscava resolver. Esses problemas não se limitavam apenas às pautas políticas; questões de liberdade e democracia também estavam em jogo. O Partido dos Trabalhadores (PT) se apresentou como uma esperança, tanto para a classe média quanto para a população mais pobre de São Paulo, e essa influência logo se expandiu para grande parte do país. Mesmo formando alianças com a direita e com o setor empresarial, o presidente Lula foi eleito com uma base de apoio ampla. O PT se consolidou como o maior partido organizado do país. Contudo, ao chegar ao poder, parece que muitas lideranças oriundas de bairros, sindicatos, escolas e universidades se acomodaram.
Notamos que esse movimento coincidiu, em nossa opinião, com o enfraquecimento da UNE, que deixou de ser a entidade representativa dos estudantes com voz ativa no cenário político. Algo similar ocorreu com a CNBB e a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), que, aos poucos, deixaram de ser guardiãs da sociedade civil organizada.
Em uma eleição disputada, com segundo turno acirrado, confusões, fake news e ameaças, o candidato de direita do MDB obteve uma vitória expressiva, com impacto provável nas eleições presidenciais de 2026. Essa vitória teve um efeito direto sobre o candidato Boulos, que representava a esquerda. O PT, principal partido de esquerda do país, não conseguiu lançar um candidato próprio em São Paulo, berço do lulismo, e precisou apoiar Boulos, que recebeu também o apoio declarado do presidente Lula. Assim, configurou-se a nova ordem na política nacional.
Após muita confusão em Camaçari, Caetano é eleito pela quarta vez como prefeito da cidade. PT respira aliviado.
O segundo turno em Camaçari, na região metropolitana de Salvador, foi marcado por grande tumulto. Desde o início da campanha política, testemunhamos uma verdadeira “guerra” nas redes sociais, protagonizada pelo ex-prefeito de Salvador, ACM Neto, vice-presidente nacional do União Brasil, e pelas principais lideranças do PT na Bahia, que uniram forças para eleger Caetano pela quarta vez prefeito do município.
As tensões foram crescendo e culminaram em intervenções policiais. Na manhã de hoje, vimos abordagens policiais por suspeitas de compra de votos, distribuição de cestas básicas e acusações de ambas as partes. Felizmente, apesar do clima acirrado, não houve incidentes mais graves que preocupassem a população baiana, especialmente os moradores de Camaçari.
Ao final da apuração, uma votação apertada deu a vitória a Caetano, que já havia sido prefeito em três ocasiões, além de secretário de Estado. Agora, ele retorna com o objetivo de ser novamente o gestor dessa cidade importante, localizada nas imediações de Salvador. :: LEIA MAIS »
Braguinha partiu! Agora, resta o silêncio; os acordes de seu violino não mais ouviremos.
É lamentável, uma perda irreparável para o mundo da música conquistense. Seu jeito elegante de tocar o violino não veremos mais. Essa figura discreta, de estilo próprio, nos deixou hoje, partindo sem imaginar quanta falta nos faria.
Washington Wanderley Braga, carinhosamente chamado de Braguinha pelos amigos, era inseparável de seu eterno companheiro, o violino. Agora, ele ficará em silêncio, pois seu maestro partiu para outro plano. A essa altura, já deve estar fazendo festa no céu, ao lado de Mauré, Vivaldo Bonfim e outros talentosos artistas que também nos deixaram.
Braguinha sempre foi uma pessoa discreta, calada; apenas o som de seu instrumento confirmava sua presença e encantava a todos ao seu redor. :: LEIA MAIS »
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