:: 13/out/2024 . 15:02
Em Conquista, quem sobreviverá como grupo político? Isso dependerá muito da habilidade de cada um.
A federação de esquerda que elegeu seis vereadores tem, se quiser, o capital político e os votos necessários para liderar um novo projeto ou, até mesmo, dar continuidade ao que já está em andamento. Entre seus principais articuladores estão os deputados Waldenor, Zé Raimundo e Fabrício, além da figura emblemática de Guilherme Menezes, que continua presente no imaginário da população.
Não se deve subestimar nomes como os que citei. Não é necessário um rompimento com esse trio, que foi o grande responsável pelos 20 anos em que os partidos de esquerda governaram a cidade. No entanto, o resultado da última eleição mostrou que o momento de passar o bastão já havia chegado. A população não assimilou, não apoiou e não se identificou com a proposta pregada, e a prefeita Sheila terminou sendo reeleita com uma votação expressiva.
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A extrema direita “saiu do armário” desde a eleição do até então desconhecido Jair Bolsonaro, que se tornou uma grande liderança nacional, conquistando o apoio de pobres e ricos cansados da figura do ex-presidente Lula, líder do eleitorado progressista, e do PT, partido que ele fundou. Em Conquista, seguindo a tendência nacional, tanto a extrema direita quanto a extrema esquerda dificilmente chegarão ao poder pelo voto. Assim, o número significativo de apoiadores que Bolsonaro ajudou a revelar acabará gravitando em torno da direita progressista, liderada pela prefeita Sheila.
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Ao contrário do PT, PCdoB e PSB, que por muito tempo viram seus quadros buscando um “lugar ao sol” e tentando ser protagonistas do mesmo projeto — mas que foram sufocados e não reagiram — Sheila se destacou. Esses partidos correm o risco de terem “visto a banda passar”. :: LEIA MAIS »
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