A federação de esquerda que elegeu seis vereadores tem, se quiser, o capital político e os votos necessários para liderar um novo projeto ou, até mesmo, dar continuidade ao que já está em andamento. Entre seus principais articuladores estão os deputados Waldenor, Zé Raimundo e Fabrício, além da figura emblemática de Guilherme Menezes, que continua presente no imaginário da população.

Não se deve subestimar nomes como os que citei. Não é necessário um rompimento com esse trio, que foi o grande responsável pelos 20 anos em que os partidos de esquerda governaram a cidade. No entanto, o resultado da última eleição mostrou que o momento de passar o bastão já havia chegado. A população não assimilou, não apoiou e não se identificou com a proposta pregada, e a prefeita Sheila terminou sendo reeleita com uma votação expressiva.

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A extrema direita “saiu do armário” desde a eleição do até então desconhecido Jair Bolsonaro, que se tornou uma grande liderança nacional, conquistando o apoio de pobres e ricos cansados da figura do ex-presidente Lula, líder do eleitorado progressista, e do PT, partido que ele fundou. Em Conquista, seguindo a tendência nacional, tanto a extrema direita quanto a extrema esquerda dificilmente chegarão ao poder pelo voto. Assim, o número significativo de apoiadores que Bolsonaro ajudou a revelar acabará gravitando em torno da direita progressista, liderada pela prefeita Sheila.

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Ao contrário do PT, PCdoB e PSB, que por muito tempo viram seus quadros buscando um “lugar ao sol” e tentando ser protagonistas do mesmo projeto — mas que foram sufocados e não reagiram — Sheila se destacou. Esses partidos correm o risco de terem “visto a banda passar”.

Sheila agora começa sua própria história de liderança política, embora já estivesse envolvida em eventos importantes. Ela foi candidata a deputada federal, incentivada pelo presidente nacional do União Brasil, ACM Neto, e esteve como candidata a vice na chapa do falecido prefeito Herzem Gusmão. Tornou-se prefeita e foi reeleita com números incontestáveis, resultado de uma administração que teve a aprovação da população.

As figuras que compõem o grupo político de Sheila são independentes, novos nomes que surgiram da própria sociedade e se mostraram preparados. Alguns foram citados como possíveis candidatos a prefeito, mas declinaram do convite, unindo-se em torno do nome da prefeita.

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A habilidade política de Sheila foi demonstrada ao longo da campanha que a fez a primeira mulher eleita prefeita de Vitória da Conquista. Ela soube resolver os problemas internos do governo e consolidou sua posição como gestora. Vencendo essa primeira batalha, ela conseguiu construir uma base sólida de apoio político para sua reeleição. Soube também, com maestria, apagar incêndios políticos, como na escolha de seu vice, quando os nomes concorrentes decidiram, em comum acordo, pelo Dr. Alan.

Esse novo ciclo da política em Conquista passa pela forma como a prefeita reeleita conduzirá sua gestão. Sheila tem à sua disposição um time de líderes que sonham em alcançar o mesmo sucesso que ela conquistou. Agora, resta aguardar o que virá pela frente.