:: 22/set/2024 . 12:42
Vitória da Conquista está preparada para ir às urnas. Muitos admitem que a eleição será definida no primeiro turno.
É muito difícil prever o resultado de uma eleição em uma cidade como Vitória da Conquista, com uma população de quase 400 mil habitantes, reconhecida como polo de saúde, educação, construção civil, além de turismo e gastronomia. Grande parte dos conquistenses é independente, cuida de seus negócios, de seus comércios, e recorre aos serviços da prefeitura não para pedir favores, mas para garantir que suas vidas profissionais sigam o curso natural.
Conquista é uma cidade ativa, sabe votar. Claro, comete erros, mas logo em seguida os corrige.
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Esta eleição apresenta-se de forma diferente. Os acontecimentos se desenrolaram desde a partida do prefeito Herzem Gusmão e a consequente assunção de sua vice, Sheila Lemos. “Caiu no colo dela, não foi eleita, não tem condições de ser prefeita de Conquista” — esses foram os primeiros comentários, preconceituosos e raivosos, vindos, pior ainda, de membros do próprio governo, que ganharam força nas redes sociais por parte de correligionários.
A oposição, por sua vez, manteve-se quieta, em silêncio. Criticar por quê, se o trabalho já estava sendo feito por outros? O desejo da oposição, como é natural, era o desgaste da prefeita, esperando que ela fosse “fritada” dentro de sua própria casa, no seu próprio ninho.
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Catingueira, nascida no distrito de Iguá, resistente como “espinho de quiabento”, deixou o tempo passar e começou a direcionar seu governo. Com espírito republicano, passou a dialogar com os deputados Zé Raimundo, Fabrício Falcão e, se não me engano, até com Waldenor. Isso acendeu ainda mais o ódio do “fogo amigo” quando ela convidou o vereador Chico Estrella para ser o líder do governo na Câmara, substituindo Ivan Cordeiro, correligionário e amigo pessoal.
Esse gesto mostrou a habilidade política de Sheila, uma decisão milimetricamente calculada. Ela sabia o que estava fazendo. Chico tornou-se o mais fervoroso defensor do governo, e assim permanece até hoje.
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O tempo passou, as críticas continuaram, mas Sheila se manteve fiel ao legado do ex-prefeito Herzem, honrando suas conquistas. Aos poucos, ela foi assumindo as rédeas do governo e deixando claro que “a prefeita sou eu”. Com isso, foi levando a gestão e deixando o tempo seguir seu curso. :: LEIA MAIS »
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