Me chamou a atenção a fala de um ilustre amigo meu sobre a questão do antigo aeroporto de Vitória da Conquista, o Otacílio de Figueredo. O antigo aeroporto, como todos sabem, foi desativado porque a cidade clamava por um novo aeroporto, as demandas da capital do sudoeste da Bahia cresciam e o Otacílio de Figueredo já não atendiam mais às nossas necessidades, do nosso município e de toda a região, crescemos assustadoramente, nos tornamos uma metrópole, um polo educacional, de saúde, da construção civil e gastronômico, a “terra do frio” mostrou que tem uma vocação para o turismo.

O clamor era geral, era uma grita só: precisamos de um novo aeroporto, em uníssono a nossa gente conseguiu sensibilizar as autoridades e começaram a construção do novo equipamento que veio a se chamar Glauber Rocha, o cineasta conquistense que é reconhecido nacionalmente devido a sua genialidade.

Serviço começado, serviço parado, obras interrompidas. Começou tudo outra vez. A cidade ficou animada. Incrível, mas aconteceu algo que não dá para entender, enquanto o serviço de construção do novo aeroporto acontecia, concomitantemente, começavam as obras de construção de um novo terminal no Otacílio de Figueredo. Ora, se o novo equipamento estava sendo construído, depois muitas promessas, para que gastar tanto dinheiro naquele que já não nos atendia mais?

Dinheiro jogado fora, hoje é uma ruína, felizmente não está em abandono total porque funciona ali o Corpo de Bombeiros.

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Pois é, jogaram dinheiro fora, inexplicável, e ficou por isso mesmo, a cidade calou, silenciou, nem um pio sequer.

Foi erguido o novo aeroporto, debaixo de muita polêmica, o então governador do estado, Rui Costa, não veio, nem autorizou que a polícia se fizesse presente para dar segurança ao ato de inauguração. Os motivos todos sabem, todos se lembram, o recém eleito presidente Bolsonaro veio descerrar a placa, tendo como anfitrião o falecido prefeito Herzem Gusmão.

Hoje o antigo aeroporto volta a ser notícia, o terreno do Otacílio de Figueiredo pertencente ao nosso município, poderia tê-lo de volta, só que o governo federal foi rápido e convidou o estado para assumir a responsabilidade de construir ali, talvez, um Centro de Convenções. Será? Seria o ideal? E por que não convidar a prefeita Sheila para sentar à mesa e juntos, os três entes, discutirem o que será ideal para contemplar os anseios da nossa população?

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A prefeita está aqui, discute com mais vagar os problemas da cidade, sabe o que o povo quer, o que sociedade precisa, assim a gestora tem muito mais condições de dizer o que poderia ser erguido ali.

O ano é eleitoral, vivemos uma disputa hercúlea pela prefeitura de Conquista. Waldenor Pereira é o candidato do PT, logicamente ele estará à frente desse projeto, Nonô terá o aval de Lula e Jerônimo, será pauta diária até 07 de outubro a construção do Centro de Convenções. E a ordem de serviço será assinada quando? Quando começarão as obras? Esperamos que não seja um projeto que ficará no papel, tomara que não.

Assim como a administração municipal entregará a Lagoa das Bateias completamente revitalizada, tomara que vejamos o início das obras de construção do Centro de Convenções.