palmeiras_campeao_libertadoresForam dois jogadores extraordinários os dois citados na manchete da matéria. Ademir da Guia foi um cracaço de bola, tratava a “redonda” com o carinho que todo filho deve dispensar à mãe; Pelé, bem, o eterno camisa 10, o Rei do Futebol, dispensa apresentações, é o maior do mundo e jamais será igualado. Coloquei-os como referência, porque eles representam tudo de bom que os dois times carregam junto de si, a dupla é o simbolismo de duas equipes que tantas alegrias deram ao longo do tempo aos torcedores.

O Verdão e o Peixe se encontraram na tarde ontem no Maracanã, o Templo do Futebol, vazio, o que contradiz com a importância da partida que definiria o vencedor da Taça Libertadores. Eu esperava que o time de Pelé sairia vencedor, seria uma homenagem ao Atleta do Século, como também é conhecido a sua majestade, o Rei do Pelé, mas ocorreu o contrário, um gol já ao apagar das luzes deu a vitória ao clube que Ademir da Guia defendeu com tanto amor durante todo o tempo que vestiu a camisa da academia.

Todos já se preparavam para a prorrogação, os jogadores já estavam conformados com o resultado de 0 x 0 do tempo regulamentar e aguardavam o apito final do árbitro para darem uma pausa e em seguida lutarem por um título consagrador. Um cruzamento sobre a área, milimetricamente planejado, encontrou um jogador que não perdeu a chance de fazer história e venceu o goleiro do Santos que ficou estático, seguindo com os olhos a trajetória da bola que foi parar no fundo da rede e que definiu a vitória do Palmeiras.

Como frutas maduras que caem do pé, os jogadores do Santos foram desabando, um atrás do outro, o chão lhes faltava aos pés. Era tudo inesperado, por mais que o resultado fosse normal, afinal, era um clássico, a incredulidade dos santistas foi como o gol aconteceu e também naquele momento, no finalzinho, quando tudo fazia crer que o placar não seria movimentado no tempo normal. O Santos desabou, quedou-se, o título foi embora em questão de minutos.

O futebol é essa coisa cheia de magia e surpresas, que nos faz sorrir e chorar.