O Brasil amanheceu nesta quarta-feira com uma notícia que mexeu com os ânimos da população e reacendeu o clima de tensão no país: por decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, o ex-presidente Jair Bolsonaro deverá usar tornozeleira eletrônica. A determinação, encaminhada à Polícia Federal, impõe ainda o recolhimento domiciliar noturno ao ex-presidente, que estará proibido de sair de casa após determinado horário.

A medida agrava a já delicada situação jurídica e política de Bolsonaro, tornando ainda mais incerta a possibilidade de uma eventual candidatura em 2026. Ao que tudo indica, o cenário para seu retorno à corrida presidencial ficou consideravelmente mais difícil.

Diante desse novo capítulo, é imprescindível que as instituições brasileiras atuem com equilíbrio e responsabilidade. A sociedade precisa de estabilidade, não de mais polarização. É essencial que as lideranças políticas — de todos os espectros — se comprometam a não transferir suas disputas e tensões para a população, que já enfrenta tantos desafios no dia a dia.

Não se trata de discutir o mérito jurídico da decisão — as leis existem para serem cumpridas. Mas é inegável que o país atravessa um momento sensível, em que cada passo pode gerar repercussões sociais e políticas significativas.

Que prevaleça o bom senso. Que as manifestações ocorram dentro dos marcos democráticos. E que, acima de tudo, o Brasil encontre caminhos para retomar seu curso de desenvolvimento com paz, justiça e respeito às instituições.