Já ouvimos, e é amplamente aceito, que não existe um modelo ou sistema político que agrade a todos. Não há um modelo político ideal. Contudo, é importante reconhecer que, por mais imperfeito que seja, o melhor sistema político é aquele em que se pratica a democracia – e isso é uma verdade incontestável. É fundamental que compreendamos o conceito dessa palavra: democracia. Esse conceito é totalmente antagônico à subserviência ou à obediência cega. Democracia pressupõe discussão, inclusive entre os contrários. Não há dúvidas sobre isso.

O que está acontecendo em Vitória da Conquista neste momento, pós-eleição, com a definição da diplomação e posse da prefeita Sheila Lemos e de seu vice, eleitos em outubro último, é mais um exemplo de como a democracia é exercida. Agora, o foco se desloca para outra disputa que engrandece a tão renomada cidade, conhecida por sua história de embates e debates que marcaram seu desenvolvimento. Vitória da Conquista, que tantas vezes foi citada como trincheira de oposição em tempos de governo centralizado na capital baiana sob Antônio Carlos Magalhães, e aqui liderada por figuras como J. Pedral, mais uma vez protagoniza um momento emblemático.

Neste cenário, a prefeita Sheila Lemos assumiu a responsabilidade de conduzir as articulações para a definição do próximo presidente do Legislativo Conquistense, que assumirá em janeiro de 2025. Dois nomes ganharam destaque nesse processo: Ivan Cordeiro e Edvaldo Ferreira Júnior. Apesar de outras lideranças, como Carlos Dudé e Hermínio Oliveira, também terem demonstrado interesse em presidir o Legislativo, a disputa ficou polarizada entre Ivan e Edvaldo.

Há quem pense que a prefeita deveria “bater na mesa” e impor sua decisão, determinando quem seria o candidato. No entanto, a democracia está sendo exercida de forma clara e legítima. Edvaldo Ferreira Júnior, em uma recente reunião, declarou à prefeita que permanecerá como candidato. Por sua vez, Ivan Cordeiro também definiu sua posição. Diante disso, a prefeita Sheila Lemos recomendou que os dois mantivessem o diálogo, mas, caso não haja consenso, ela se reunirá novamente com ambos para avaliar e decidir o que será melhor para a base do governo e para a gestão futura ao lado de Alan.