“Nessa tarde chuvosa ele nos deixou, poeta. Kokó esse grande amigo, foi ele que me trouxe para Itabuna em 1985, ele me viu cantando no Piauí…”. Foram as palavras de Ari PB, do Cacau Com Leite ao atender a minha ligação há pouco instante, quando eu soube que o nosso amigo Kokó do Lordão foi chamado pelo Pai hoje, em Salvador.

Itabuna, Ilhéus, a Bahia e boa parte do Brasil perdeu uma lenda, afinal, a banda dirigida por Dona Sônia já alegrou bailes de formatura, carnavais, eventos juninos, e nessa conta está Vitória da Conquista, que sempre contou com esse grupo musical, um verdadeiro festival, um espetáculo, com um admirável ballet, que é um show a parte. Tudo isso tendo à frente o carismático Clóvis, o KOKÓ, uma figura emblemática, cativante e altamente profissional.

Ah, Ticomia, como fará falta a voz de KOKÓ, o São Pedro Toa Toa ficará sem uma das suas atrações, e nosso Massiforró, que saudade, ficará um imenso vazio; a Feijoada do Tarik perde um dos grandes ingredientes. Ilhéus e Itabuna, e toda a região, perdem parte da sua essência festiva.

Lembro que o primeiro cachê que paguei ao LORDÃO foi no Parque de Exposição de Conquista, no Massiforró, cruzei a pista de dança, subi ao palco e coloquei a importância no bolso do gentleman, daquele cantor espetacular que nunca estava triste. Nas primeiras micaretas da cidade, o Superlar trazia o LORDÃO para cantar no trio e animar o folião pipoca.

Perdemos um grande amigo, um extraordinário cantor e um ser humano incrível. KOKÓ, você deixou um legado sem igual, seus colegas de profissão muito lhe admiram, você é um exemplo a ser seguido, sua família, seus fãs, seus contratantes sempre terão orgulho da sua história. Dona Sônia, Deus haverá de acolher o seu eterno companheiro ao Seu lado.

Vá com Deus, meu irmão! Você é parte da história do Massicas!