“Eu sou o carnaval em cada esquina”, esse é um belo trecho de uma linda canção do inesquecível Moraes Moreira, o homenageado do carnaval de Salvador. E o pedacinho da letra do ilustre baiano nos sugere também rever pessoas por cada canto da cidade, em um bar, restaurante, nos becos, em cima do trio, em qualquer lugar, nas esquinas ou mesmo em locais inusitados como eu e o querido amigo Delano Silveira nos encontramos, próximo a uma bateria de sanitários públicos, na Barra, onde eu e minhas duas filhas, Satya e Júlia, deixávamos o circuito Barra/Ondina para irmos descansar. Uma fila quilométrica estava formada por foliões que queriam adentrar o espaço protegido pela polícia que fiscalizava as possíveis entrada de armas.

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Com uma camisa estampada, colorida, como se estivesse saindo do Restaurante Candelabro e subindo para o Carrascão, onde aconteceria o Baile no Havaí, eu reconheci o meu amigo de juventude, o querido Delano, irmão do inesquecível Ismar Silveira, um poeta, charmoso ao piano, um gentleman, fino. Com cabelos prateados, ele apareceu como um príncipe: “Delano, meu amigo!”, exclamei, do outro lado ele fez o mesmo. Nada melhor que um abraço apertado e em seguida a troca de palavras, as lembranças armazenadas na memória e no coração de cada um.

Feliz demais em rever você, meu amigo. Sim, meu irmão, como não lembrar dos nossos encontros na casa do nosso amigo Onildo?

Você lembrou bem, o ineditismo de registrar a letra de uma música na barriga de uma cachorrinha. Isso nem o extraordinário Moraes Moreira fez!!!

O carnaval nos propicia belos reencontros.

Em tempo: sua bela cabeleireira está merecendo uma bela raspagem, como nos bons tempos do Colégio Batista, lembra? Risos!