Faz 15 dias que eu entrevistei o nosso amigo, o professor José Maria Arêas, em sua residência. Foi uma conversa tranquila, alegre, quando lembramos dos bons tempos do Conquista E. Clube, time profissional que joguei tendo Zé como treinador. Falamos das Olimpíadas Estudantis, dos Jogos do Café, Jogos Intercolegias e, claro, dos Jogos do Interior, competição que movimentava as quadras das principais cidades da Bahia.

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Revivemos os embates épicos travados entre Massicas x Magnatas, que parava a cidade nas tardes de domingo e também nos feriados nacionais.

“É, não temos nada parecido nos dias de hoje, éramos referência em tudo, no profissional e no amador, e nas diversas modalidades”, dizia Zé com o olhar perdido no horizonte, como se buscasse tudo de volta, naquele céu vermelho que se punha em nossa frente. Lutamos tanto, hein, Zé, para construir o Ginásio de Esporte Raul Ferraz? Convencemos os vereadores a votarem favorável à edificação daquele que continua sendo o principal equipamento esportivo de esportes de quadra de todo o estado, ficando atrás apenas do Antônio Balbino, o Balbininho, que fica em Salvador.

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A notícia do falecimento de Zé Maria chegou ao nosso conhecimento através do seu filho, Eduardo Arêas, o Duda, que postou em um grupo de WhatsApp assim comunicando: “amigos do grupo, sinto dizer-lhes, meu pai acabou de partir, sinto muito!”. Foi um silêncio sepulcral no meio de todos, afinal, partia o pai de um amigo nosso, uma pessoa querida e estimada por todos, um símbolo do esporte e um participante ativo da vida da cidade.

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Perdemos uma pessoa muito especial, de uma conversa muito agradável e com muitos serviços prestados ao esporte conquistense.

Zé Maria Arêas é um ilustre filho da terra, mesmo não tendo nascido aqui, só que a sua história se confunde com a nossa, com o esporte, com as gincanas, com o São João e com as micaretas. Zé é uma figura que fará falta ao “senadinho” da Praça Barão do Rio Branco, os seus amigos sentirão muita saudade, e os seus familiares terão ótimas lembranças de tudo que ele produziu aqui na terra.

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Nesse instante Zé repousa tranquilo, foi pra junto do Senhor, nos deixou no início da tarde de hoje, seguiu em paz, deixou uma história honrada, que é um orgulho para sua esposa, filhos, netos, noras e genros.

Vá com Deus, Zé!