:: 9/jan/2023 . 18:58
“Observando essas duas invasões, a do MST há anos atrás e esta, adianto que as duas são equivocadas…”, diz Milton Filho, do Pensando Bem
O grupo de WhatsApp “Pensando Bem”, do qual tenho honra de fazer parte, é uma verdadeira academia, um seleto grupo de intelectuais, professores, pensadores, jornalistas e historiadores. O PB é uma bancada na qual o contraditório se faz presente, sempre de forma civilizada e tolerante, é um verdadeiro caldeirão de pensamentos que prendem os participantes quando postos em debate.
Temos gente de Conquista, Salvador, Brasília e Aracajú, e o nosso convidado hoje a colaborar com o nosso blog é o sergipano Milton Filho, uma ilustre figura, uma cabeça pensante, de uma natureza generosa, sempre disposto a nos proporcionar um momento de esperança, mesmo nesses tempos difíceis que vivemos.
Sobre os acontecimentos de ontem em Brasília, Milton nos oferece um texto que vale a nossa leitura e reflexão:
“Um levante social caótico ou não, vem de diversas origens: repressão demasiada( leve ou razoável nós aceitamos e, o que é leve, razoável ou pesada, depende da sensibilidade do indivíduo ou do coletivo), indignação diante dos fatos existentes ou não, organizados e propagados pela mídia, indignação impulsionada pela fome, a manipulação ostensiva e criminosa..etc. :: LEIA MAIS »
Partiu Dona Margarida Hortélio Alves aos 99 anos
Quando Verena Andade (neta) e Fred Dantas Alves (sobrinho) me participaram a partida da sempre risonha Dona Margarida Hortélio Alves a minha reação foi imediata: “olhem como ela continua linda, alegre. Vejam que cabelo bonito. Que maravilha, 99 anos, viveu bem, graças à Deus!”. Os dois concordaram e se manifestaram conformados.
Dona Margarida era viúva de Dr. Crésio Dantas Alves, Juíz do Trabalho, que dera nome à Praça da Escola Normal e também teve o seu nome homenageado no novo Fórum da Justiça do Trabalho. :: LEIA MAIS »
Luciana Costa, biomédica: “as imagens correm o mundo generalizando um povo revoltado e cansado.”
Foram dois longos meses em frente ao Tiro de Guerra aqui em Conquista, homens, mulheres e crianças vestidos de verde e amarelo, com a bandeira do Brasil junto ao corpo, todos se opunham ao resultado das eleições que deram a terceira vitória à Lula como presidente da República.
Parte da cidade batia palmas, outra parte ironizava, enquanto que os manifestantes não se importavam com o que os outros pensavam: “estamos aqui em defesa do nosso país, dos nossos filhos e dos nossos. O nosso compromisso é com a pátria, não podemos perder o nosso país para outra bandeira, a nossa é verde e amarela, jamais será vermelha”, me falou um integrante do grupo.
O movimento durante esse tempo todo não registrou nenhum incidente, não houve brigas, nem confrontos. Contrariando esses 60 dias de manifestações pacíficas, pelo menos foi o que vimos aqui em Conquista, a capital federal recebeu milhares de bolsonaristas, conservadores, defensores de um modelo político contrário ao defendido pelo PT. Congresso abarrotado de gente, móveis depredados, atos de selvageria, de barbárie. Prisões, cenas de terror. “Nunca foi o nosso propósito, perdeu o sentido, tudo o que não queríamos aconteceu. Eles queriam era isso mesmo. Vândalos infiltraram dentro do movimento e mancharam a nossa imagem“, disse hoje ao telefone a biomédica Luciana Costa, decepcionada com o que aconteceu. :: LEIA MAIS »
Prefeita Sheila Lemos manifesta sobre atos em Brasília. Veja o que ela escreveu
Hoje pela manhã me dirigi ao ilustre secretário de Comunicação da prefeitura municipal de Vitória da Conquista, o jornalista Giorlando Lima, procurando saber se a gestora conquistense emitiu nota sobre os atos ocorridos ontem em Brasília, quando o Congresso Nacional foi tomado por manifestantes exigindo Intervenção Militar com atitudes extremistas, que acabou comprometendo os rumos do movimento. O secretário me respondeu: “a prefeita não emitiu nota”.
No período da tarde a Secom fez um comunicado à imprensa dando conta da opinião da prefeita, que segue na íntegra: :: LEIA MAIS »
Ditadura só é boa para os ditadores. O voto é a única arma que o povo deve usar para chegar ao poder!
O que ocorreu ontem em Brasília nos conduz a um estado de reflexão, exige de todo cidadão brasileiro o uso da sua racionalidade, da sua prudência e do seu equilíbrio. Corremos sério risco de assistir nossa pátria ser transformada em um campo de batalha, em convulsão social, em derramamento de sangue.
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É uma situação que requer muito equilíbrio de toda a sociedade brasileira, principalmente de quem defende a democracia. Ditadura só é boa para os ditadores. A ação da polícia, do Exército, guardiãs do ordem pública, que protegem os homens, as mulheres e as crianças, precisam intervir sim. A disciplina tem que se fazer presente em todos os locais: nas escolas, nas universidades, nas ruas, nos órgãos públicos, em todos os locais, inclusive, no Congresso Nacional, representação do povo, como é o Executivo, legitimamente eleitos pelo povo.
O voto é a arma que a sociedade tem para manifestar sua insatisfação.
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