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Os baianos, em particular os soteropolitanos, estão experimentando uma experiência jamais imaginada numa quinta-feira, 14 de janeiro, cuja data comemora-se a festa do Senhor do Bonfim, na qual os baianos se misturam, todos vestidos de branco, sem distinção de raça, classe ou credo, não importa, todos em busca de uma graça ou mesmo de pagar uma promessa por alguma coisa que mudou a sua vida. Homens e mulheres, políticos de todos os partidos, transformam um longo percurso em uma festa de congraçamento e fé, a pé, cantando e saudando a todos, chegam ao topo da Colina Sagrada, erguem as mãos para o céu e agradecem ao santo padroeiro por mais um ano de vida.

Quem diria! Quem imaginaria que um dia, como um sopro de vento, que não vemos, mas sentimos, um vírus impedisse que um rio de gente circulasse, andasse, como água, seguisse sinuosamente, cantando, talvez, a canção do poeta Gil: “andar com fé eu vou, que a fé não costuma faiá…”