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Independente de quem tem razão, evidente que o gesto foi grosseiro e mal educado, mas o que mais chamou atenção na cusparada do ator José de Abreu foi o espaço que ele recebeu no programa do Faustão no último domingo.

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O problema ocorreu sexta-feira em um restaurante japonês em São Paulo, dois dias depois o ator já estava no Faustão se explicando. O curioso não foi ele estar no Faustão, mas o comportamento do apresentador em permitir que o entrevistado discorresse sobre o fato sem ser interrompido.

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O que chamou atenção também foi o fato do ator estar participando do quadro Arquivo Confidencial (?) onde os comentários são sempre favoráveis ao homenageado. Pais, filhos, esposa, amigos, colegas, sempre prestam depoimentos favoráveis ao artista do dia.

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Como o episódio ocorreu na sexta-feira à noite, dois dias, portanto, anterior ao Domingão do Faustão, imagina-se que o quadro já fora gravado anteriormente. Ou será que o quadro foi gravado às pressas para favorecer ao José de Abreu? Não creio. São muitos os entrevistados, até localizá-los, depois editar. Teve até um amigo do ator que veio da Grécia.

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O que sabemos todos nós, é que o ator José de Abreu tem prestígio na Globo. O que nos leva a admitir isso foi o espaço que ele teve no programa de maior audiência da emissora e com um tempo recorde para explicar aos brasileiros o porquê do seu gesto.

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Faustão ouviu atentamente, calou-se, seguiu atentamente a fala do ator. Muito curioso. Talvez Ivete Sangalo consiga ser entrevistada sem ser interrompida pelo Faustão. Mas nunca teve tamanha liberdade.

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O fato em si já chamou atenção, foi uma cusparada no rosto de um casal. Na sua defesa José de Abreu teve a oportunidade de dizer para o Brasil inteiro que é petista e que é contra o impedimento da presidente Dilma. E Faustão olhando.

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José de Abreu está sendo condenado por parte da população por ter cuspido no casal ou porque é petista? Quem reagiria assim? Qualquer um de nós? Um antipetista também reagiria assim? Você mesmo que me lê nesse instante, como reagiria?

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Os pacifistas, seguidores de Cristo, com certeza dariam a outra face e você? Aproveito para dizer que o gesto é intolerável, grosseiro e nojento. A política está levando os brasileiros a um estado de intolerância sem precedentes.

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Enquanto isso em Brasília o clima está pegando fogo. Depois de votado na Câmara o pedido de impeachment da presidente Dilma, este seguiu para o Senado, lá também os titulares da casa, a ampla maioria, vota pelo sim.

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Temer, vice-presidente da República, eleito, já está preparado para assumir. Já monta, inclusive, o seu ministério. É chamado de golpista. De traidor. Segundo os petistas, um dos principais artífices da queda da presidente.

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Eduardo Cunha carrega o peso de “mil” acusações sobre as costas. “Ele não tem legitimidade para conduzir o julgamento da presidente Dilma, eleita com cinquenta e quatro milhões de votos”, dizem os governistas.

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E o país segue sangrando, fragilizado, exposto para nós e para o mundo. Desemprego, inflação e sem norte. O que é melhor ou menos pior? Deixa a presidente cair? Deixa Temer assumir? Convocam-se novas eleições imediatamente? Essas incertezas trazem o silêncio para a sucessão municipal.

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Aqui em Conquista está assim. O candidato do PT, José Raimundo, tem sido cauteloso. Evita falar. Aguarda os acontecimentos de Brasília. Mas não tem pra onde correr. Vai ter que enfrentar a situação. Ele é o candidato do prefeito Guilherme Menezes. A ele foi confiado o bastão.

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Zé está imaginado, juntamente com o prefeito Guilherme, o seu vice. Ele poderá ser do próprio PT. Ou do PCdoB ou do PSB. Com o acirramento da disputa, a situação costura o retorno da Frente Conquista Popular ainda no primeiro turno.

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Fabrício, do PCdoB, diz que não volta. É candidato. Até porque, segundo ele próprio, está bem pontuado nas pesquisas, à frente de Zé Raimundo atrás apenas de Herzem.

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O PSB de Alexandre Pereira também segue a mesma linha do PCdoB, não recua. Pelo menos é o que indica os acontecimentos. Gildelson, José Carlos e Genivan Neri, acreditam que estarão no segundo turno. Joas Meira, vice-prefeito e também do partido socialista, ultimamente só observa.

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Hoje no final do dia a turma do PSB vai reunir com peças importantes do tabuleiro da política conquistense. A pedido de Alexandre Pereira, principalmente. O pré-candidato quer pressa nas articulações. Quer jogar a campanha na rua. Ou não.

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Enquanto isso, Herzem observa. Administra a vantagem que tem até o momento. Como no futebol, só toca a bola, não quer correr riscos. Segundo os seus assessores, já está na final. Busca o vice. Quer a unidade com os demais partidos de oposição.

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Marcelo Melo me garantiu que é candidato. Por mais que falem que ele será o vice de Herzem, ele garante que não. Vai disputar a sucessão do prefeito Guilherme Menezes.

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Arlindo Rebouças diz o mesmo. É candidato também. Não abre mão. Segue a orientação do partido que vem de Salvador. E os membros da direção local também pensam assim.

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Armênio Santos, ex-secretário de Saúde do município está em plena campanha. Ao lado do vereador Herminio Oliveira, buscam apoio, garimpam votos. “Esqueçam eu abrir mão da candidatura. Eu serei o prefeito de Conquista”, afirma o pré-candidato do PPS.

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O Grupo Independente convidou Alexandre Pereira para filiar-se ao PDT. O convite foi feito na presença dos dirigentes do PSB. Alexandre teria a sigla para ser o candidato do GI. Isso aconteceu antes do prazo final de filiações. Claro que não aconteceu. Haveria o consenso dentro do grupo.

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Dia 30 de abril, sábado próximo, os dirigentes do Grupo Independente farão reunião para apresentar os seus candidatos à Câmara Municipal. São mais de cem. Na oportunidade os nomes dos pré-candidatos a prefeito também serão anunciados.

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A REDE aguarda a mesma data para anunciar o nome que disputará a sucessão municipal. As conversas entre a REDE e o Grupo Independente acontecem normalmente. É possível uma aliança entre o partido de Marina e o PDT na majoritária também. Na proporcional já foi selado o acordo.