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Romilson Filho preside o Grupo Independente que tem também como um dos integrantes o vice-presidente do Partido Trabalhista Cristão (PTC) Marcelo Guerra.

BM: Você conseguiu uma coisa que dentro da avaliação de algumas pessoas parecia impossível dentro do cenário político de Vitória da Conquista. O seu ideal, a sua imaginação é algo hoje palpável, o Grupo Independente existe.

RF: O que motivou a gente a criar esse grupo foi a necessidade de buscar também essa juventude e formar novas lideranças em Vitória da Conquista. O que estava acontecendo aqui era mais ou menos carta marcada para Câmara de Vereadores, onde pouco se mudava e o poder aquisitivo que mandava. Daí, que veio a necessidade de se formar um grupo político intitulado Grupo Independente, juntamos várias siglas partidárias e tivemos a ideia de que esse grupo fosse maior que qualquer nome ou sigla partidária. Isso para buscar uma unidade, e conseguimos, as pessoas entenderão que se a gente formasse um grupo político onde a maioria tivesse uma média de 400 a 800 votos que esse grupo dificilmente teria condições de se eleger disputando com um vereador que tivesse recebido acima de 2mil votos. Era preciso mudar o panorama atual formando um grupo,por exemplo, se na eleição passada existisse esse grupamento e se cada um dos candidatos tivesse 500 votos, ele somaria um potencial de 21 mil votos e com isso se elegeriam três vereadores pelo grupo. Desta forma daríamos oportunidade para essas novas gerações e este é nosso maior desejo, trazer os estudantes de volta à política, novas lideranças com novas ideias, pois, só assim a cidade começa a mudar de verdade.

BM: Você poderia estar dentro de outra sigla que tenha uma musculatura política, como o PMDB, o PSDB, PDT ou DEM. Diferente disso você busca siglas que não tenham ainda uma consistência, o que foi que você viu nisso?

RF: A gente foi atrás de partidos ditos nanicos, porém, com uma grande liberdade e independência, por essa razão surgiu o nome de nosso grupo. Porque é melhor você fazer parte de um grupo de pessoas líderes do que fazer parte de um grupamento com pessoas lideradas. Quando se cria um grupo onde você ouve e todos tem voz e vez, se torna um grupo pensante com várias cabeças pensando e sugerindo. A gente quer independência e essa proposta de buscar um partido que possa seguir e marchar foi uma ideia em comum de todos que fazem parte do GI.

BM: Num cenário nacional estes partidos podem estar numa conjuntura apoiando o governo da presidente Dilma, enquanto aqui o Grupo Independente poderia estar na oposição ao governo da atual líder nacional. E se lá, eles sinalizassem um posicionamento político diferente do pregado por vocês, como seria? Qual a segurança que isto não ocorrerá? 

RF: Eu estou há 20 anos no PTC, nós já tivemos algumas situações deste tipo, por exemplo, na eleição passada o PT do B nacionalmente apoiou o PT, mas, a mesma sigla aqui em Conquista tomou a direção contrária.  Outra situação aconteceu com o PTC da Bahia que queria marchar junto com Geddel para governador do Estado e o PTC daqui da cidade não queria apoiar o candidato e não apoiamos por acreditarmos em nossos propósitos.

BM: Há muito tempo está claro aqui em Vitória da Conquista e na Bahia que existe uma polarização com relação a disputa eleitoral no município. O grupo do Governo Participativo, liderado pelo prefeito Guilherme Menezes e do outro lado o radialista Herzem Gusmão que se firmou como principal nome de oposição. E agora o deputado Fabrício que se coloca como uma opção eleitoral, após romper com o governo municipal. O GI vê essa possibilidade de também chegar ao final da disputa como uma opção?

RF: Eu acho justo e bom que o Fabrício saia candidato para que o povo tenha mais uma opção. O prefeito assim como Herzem e Fabrício são lideranças. Agora o que o Grupo Independente quer? Simplesmente queremos pedir passagem a todos eles e dizer que estamos aqui para fazer uma política diferente. Nós vamos conversar e temos interesse que todo cidadão faça parte da política de nossa cidade e iremos aonde o povo está, em cada casa e bairro. Vamos bater na porta e falar nossa proposta do GI e desejar a todos eles boa sorte e que a gente vai fazer um trabalho no qual acreditamos e diferente do que está aí.

BM: A disputa deste ano está bastante efervescente e motivada, por exemplo, o grupo de Guilherme Menezes que naturalmente terá seu candidato, o Fabrício Falcão que tem dois mandatos como deputado e foi também vereador. Marcelo Melo que foi candidato a deputado federal e outros que buscam seu espaço como o Arlindo Rebouças, Frederico Ferraz, o ex-governador Nilo Coelho que se colocou como nome, Esmeraldino que embora ligado a Herzem Gusmão também se pôs à disposição. São vários nomes para uma análise da população e considero isso o exercício da democracia.

RF: É o exercício da democracia e o GI fica feliz porque nós vamos disputar uma eleição com tanta gente competente e preparada, porém, com um diferencial que é levar uma proposta de governo onde envolve todo cidadão conquistense. Tenha certeza de que com o respeito ao qual temos por todos eles, nós vamos fazer a diferença nessa eleição. O nosso objetivo é fazer a melhoria pelo nosso município.

BM: O perfil da administração que você busca é mais ideológico? Como você se posicionaria politicamente?

RF: A ideologia do GI está se construindo. É a ideologia não da esquerda e nem da direita, mas sim, do Grupo Independente. Nós teremos candidatos a prefeito e vereadores e a maior ideologia que podemos pregar na política é a verdade, fazendo com que a juventude, mães de família e senhores participem da política. Porque o que vamos mostrar é que a política é uma forma grandiosa de se mudar a cidade e a vida das pessoas. Nosso papel será de mostrar que vale a pena acreditar nas pessoas e que é possível fazer política com seriedade e honra, pois, o que tem faltado na política hoje é a questão moral.

BM: Compunha também o Grupo Independente a professora Naiana que é um nome que merece a apreciação da comunidade. Ela que inclusive foi candidata a deputada no último pleito.

RF: Naiana é uma jovem empresária, funcionária pública, muito preparada, tendo formação em Direito e Letras. Uma pessoa que a cidade tem que conhecer pelo seu dinamismo. O GI é formado por grandes cabeças pensantes entre eles comerciantes, funcionários públicos, garis, médicos, diretores de hospitais e altos empresários. Isso que faz o diferencial da política, porque quando se ouve todos os segmentos e se conhece a realidade destes, o homem se torna rico em conhecimento e preparado para enfrentar a vida.

BM: O GI tem como intuito dá uma opção e tirar a polarização, mas, digamos que tenha um segundo turno na cidade, qual seria o posicionamento de vocês caso não fossem disputar o segundo turno?

RF: Sem prepotência, mas, não pensamos de forma alguma em perder essa eleição. Não paramos ainda para pensar nessa situação, o que temos nos ocupado bastante é com a preparação, melhorar mais o projeto e ir para as ruas. Nosso objetivo é ganhar a eleição, nós somos oposição a situação do PT que está insustentável e também a algumas ideias e partidarismo que tem deixado a desejar. O candidato de todas as cidades tem que se posicionar, como acho que Guilherme tem que dizer que essa corrupção do PT não está certa e tem que acabar, o Herzem também tem que dizer que não apoia o Eduardo Cunha que é do partido dele. O GI tem o dever e o compromisso moral e ético de levar para população de Vitória da Conquista novas ideias e soluções.