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Foi com muita festa que os conservadores receberam a nomeação da atriz Regina Duarte, “namoradinha do Brasil”, como secretária da Cultura. Ela foi uma escolha pessoal do presidente Jair Bolsonaro, uma decisão carinhosa, digamos, sem nem tanto observar aspectos políticos, imagino.

Regina, uma senhora quase octogenária, assumiu o cargo dando um certo “conceito” ao setor que para muitos é um “antro de esquerdistas, patrocinadores do caos cultural e também defensores da queda da família”, e, portanto, teria carta branca para agir, além de ter o “ombro amigo” do presidente se caso fosse necessário.

Já no crepúsculo da sua vida artística, Regina aceitou o convite de Bolsonaro, recebeu os aplausos dos seguidores do “mito” e recebeu também uma série de ofensas dos seus colegas de profissão que pensam totalmente diferente do que ela realizaria à frente da pasta. Regina deveria, ou poderia ficar em casa, curtindo os netos, mas não, aceitou, deu sim ao convite e foi se “queimar”, e depois ser “frita”, até deixar o cargo “a pedido”.

O presidente gostaria de ter Regina Duarte em Brasília, mais perto dele, mais próxima das decisões políticas. No entanto, a atriz gostaria de ficar mais próxima da família, por isso “pediu demissão”. Então o problema é geográfico, não filosófico, nem ideológico, tanto é que assumirá a direção da Cinemateca, em São Paulo.

A política não é para amadores.