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Foto: Celso Rios / Blog do Massinha

O vereador com três mandatos e ex-presidente por duas ocasiões da Câmara Municipal,Fernando Vasconcelos, mais conhecido como Jacaré, conversou com o Blog do Massinha para falar sobre atual panorama político para as eleições municipais e sucessão de Guilherme Menezes.

BM: O momento que o PT atravessa no cenário nacional é crítico, mas, aqui em Conquista a sigla está numa situação mais calma.

FV: O que acontece aqui é um governo que ao longo desses anos vem transformando a cidade é um grande desafio por se tratar de um município da pujança de Vitória da Conquista que tem se destacando em todos os setores. A administração tem feito diferença tanto com Guilherme como também com Zé Raimundo, a Câmara de Vereadores também tem exercido seu papel ajudando bastante e mostrando que a função do legislador e executivo é trabalhar pela cidade. Todos esses questionamentos levantados atualmente acabam afetando a todos de forma direta e indireta, fazer política hoje não tem sido fácil, por isso temos feito um trabalho incansável para que possamos compreender  que qualquer caminho para que se cresça e avance é preciso  de união. Por isso pensamos no coletivo com a responsabilidade da missão que temos de dar continuidade a esse projeto transformando a vida das pessoas, no espaço que elas vivem, com saúde, educação e infraestrutura, esse objetivo de um trabalho pautado com o apoio fundamental ao longo desses anos do ex-governador Jacques Wagner e agora com Rui Costa e também da presidente Dilma e do ex-presidente Lula. Tenho certeza de que sem esse apoio seria difícil, isso traz a referência de uma gestão transparente, séria, ética que é Vitória da Conquista. Com isso ficamos encarregados de uma missão que é ajudar o município a se desenvolver ainda mais e avançar em seus projetos.

BM: Aqui em Vitória da Conquista é perceptível à ebulição na política interna dentro dos quadros do PT e da base aliada. Essa efervescência e constante movimentação é natural dentro do processo político, vereador?

FV: O PT acredita que é muito democrático, natural, são ações que acontecem dentro de um trâmite de tempo de agenda que foi determinado. Eu acredito e é um pensamento nosso que há uma percepção nacional e estadual que talvez se altere um pouco esse calendário de prazo de apresentação de nomes tendo em vista que o principal objetivo da gente neste momento é a defesa do governo Dilma. Sabemos que essa dinâmica da política aqui em Vitória da Conquista faz parte da dinâmica e processo natural  e estamos com sabedoria, humildade do momento de dar os passos certos para que se possa pensar a cidade para frente nessa sucessão do ano que vem. Sem dúvida alguma nosso pensamento coletivo é trabalhar pela cidade , buscar as ações , desenvolvimento, recursos e investimentos no município e governo.

BM: O prefeito vem nesses últimos meses levando ao conhecimento da comunidade uma série de obras. Você acredita que isso seja um fator mais importante para que a sucessão seja vitoriosa para base aliada?

FV: Perfeito. Vitória da Conquista tem uma população muito politizada, às vezes ela vota no projeto local, acredita, mas, nacionalmente ela responde diferente. Existe uma concepção interessante em nossa cidade que nós deveríamos respeitar e entender que a democracia aqui é ao longo da história é perceptível. Não é por acaso que esses projetos eles chegam até aqui, eles vêm ao longo de um trabalho de busca de recursos e investimentos, passam pelo legislativo que tem a sabedoria de estar aprovando esses projetos para que a população receba essas benfeitorias. Dentro do PT acima de tudo temos que aglutinar forças para que a gente possa ir para uma eleição forte e no segundo turno estarmos todos juntos com a base aliada do governo Dilma e Rui para que a gente possa continuar o trabalho, respeitando a capacidade e compreensão que nosso município apresenta nas urnas e tem sido exemplo para o Brasil.

BM: O deputado Fabrício já se colocou como candidato e isso já é um fator inarredável, temos o próprio PSB que se manifesta agora o vice-prefeito, Joás, já se coloca como candidato, existe também a chance do Alexandre Pereira estar entre esses nomes. O próprio Mão Branca como partido da base aliada terá sua candidatura lançada. Essas possíveis separações não irão prejudicar o projeto?

FV: De forma alguma, isso é natural, uma cidade que tem segundo turno os partidos precisam se fortalecer e fazem isso pensando muitas vezes no fortalecimento dos nomes no futuro para deputado e mostrar a cara dos partidos. Temos que compreender que saindo esses nomes para um eventual segundo turno temos que trabalhar para que estejam todos unidos. Essa é a minha percepção e que analisando, ouvindo algumas fontes ligadas ao governo estadual é nessa linha, como acontecem em cidades como aqui em Feira de Santana. O mais importante é que tenhamos o diálogo dentro dessas bases e nesses partidos para que não prejudique a governabilidade e o trabalho com responsabilidade feito em prol de Conquista. Agora, se forem projetos que acrescentem e que possamos não ter percebido, não tenho dúvidas que haverá uma ampla discussão e nisso quem ganha é o município. E eu compreendo pela experiência que tenho de três mandatos, dois deles como presidente da Câmara, acompanhando o processo político de Vitória da Conquista que será um debate muito interessante. A política tem que ser pensada sem ódio, sem rancor, ela além de partido tem que ter projetos que trabalhem para avançar a cidade, com investimentos, ideias concretas, objetivos, pensando para frente, tentando ver quais os caminhos e alternativas que temos. Se tivermos a sabedoria de pactuar, recuar em alguns momentos sairemos vitoriosos.

BM: Três mandatos, dois inclusive como presidente da Câmara, um vereador jovem que tem uma inserção muito boa diante da comunidade e dentro da base aliada. Não estaria na hora do vereador avançar um pouco mais em nível de candidatura?    O que passa pela sua cabeça inclusive tendo ao seu lado duas figuras da sua inteira confiança, simpatia e que se misturam que é você o deputado Zé Raimundo e Waldenor, como fica o espaço do vereador?

FV: Na política dou sempre o exemplo de meu colega e ex-vereador Fabrício que no momento que ninguém acreditava, arriscou saiu como vereador depois deputado estadual reeleito. Claro, que muitas vezes você precisa ser ousado, mas, pertenço a um grupo e um projeto que entende que tem que se dar um passo adiante, porém, não sendo um pensamento individual. Estou à disposição para discutir um projeto, debater a cidade visando o coletivo, entendo que não sou somente eu é o projeto a discussão é o que o grupo apresentar lá na frente. Nunca vou tomar uma decisão que diga somente respeito ao individual estou sempre pensando no coletivo.

BM: Dentre os cinco nomes que foram postos, temos dois indicados com apoios importantes, o pré-candidato Odir indicado pelo prefeito e Zé Raimundo pelo histórico, inclusive como ex-prefeito da cidade. Isso de certa forma não preocupa a unidade dentro do partido lá na frente?   

FV: Eu acredito que não. É óbvio que nós temos o candidato Zé Raimundo temos encaminhamento dele e é natural que o prefeito lance um nome, isso acontece em todos os cantos do Brasil faz parte de uma democracia. Não tenho dúvidas que durante esse processo, nós iremos construir essa unidade interna para chegar a um objetivo. Vamos trabalhar e isso vai ser consequência dos próximos meses, temos que avançar, inaugurar obras, buscar investimentos e defender Vitória da Conquista.