O país inteiro tem acompanhado, através da imprensa televisiva, falada, escrita, e também pelas redes sociais, o momento difícil que a nossa nação vive. A segurança pública tem sido o principal assunto em debate, o tema que mais preocupa a sociedade e que o cidadão brasileiro coloca como prioridade absoluta, porque, antes de tudo, quer viver em um país onde a ordem e a tranquilidade sejam restabelecidas.

É impressionante: mesmo enfrentando problemas sérios em áreas como saúde, educação e moradia, o que mais amedronta o brasileiro hoje é a insegurança. E a Bahia, claro, não está fora desse contexto. Por isso, os políticos de todos os níveis, de vereadores a pré-candidatos ao governo estadual, têm se manifestado sobre o tema.

No campo da situação, é sabido que o governador Jerônimo Rodrigues deve buscar a reeleição. Do outro lado, a oposição se organiza tendo como principal nome o ex-prefeito de Salvador, ACM Neto. Ambos, em suas declarações, têm colocado a segurança pública no centro das discussões.

Os casos recentes no Rio de Janeiro, amplamente repercutidos na mídia nacional e internacional, reacenderam o debate. Após uma operação policial que resultou na morte de diversos criminosos, o país se dividiu: parte da sociedade defende a ação da polícia; outra parte critica o que considera um excesso. E esse episódio reforçou o tema como o mais urgente da pauta nacional.

Na Bahia, ACM Neto tem reiterado críticas à situação da segurança pública no estado, afirmando que é preciso mudar o rumo e devolver ao povo a sensação de proteção. Já o governador Jerônimo Rodrigues e seus aliados respondem dizendo que Neto não tem moral para falar do tema, lembrando que os índices de violência já eram altos em gestões anteriores.

Enfim, a troca de farpas é um prenúncio do tom que deve marcar as eleições estaduais de 2026. O fato é que a segurança pública se tornou o tema central das discussões e, como mostra essa fala de ACM Neto, o recado ao governador Jerônimo Rodrigues foi direto: a Bahia precisa de paz.

Leia a seguir:

“Facções na Bahia são verdadeiros terroristas e precisam ser tratadas assim; Jerônimo quer amor e carinho”, diz ACM Neto

O ex-prefeito de Salvador ACM Neto (União Brasil) reagiu à entrevista do governador Jerônimo Rodrigues (PT), que disse que “não é papel do Estado matar”. Neto afirmou que o governo falha ao lidar com o crime organizado e envia sinais errados à população.

“O que faltou o governador Jerônimo Rodrigues também dizer é que não é o papel do Estado cruzar os braços diante do assassinato de cidadãos de bem. Porque aqui na Bahia, quem morre e é vítima do crime organizado é o cidadão de bem. O crime mata e o cidadão morre.”

Neto argumentou que a falta de autoridade do governo contribui para o avanço das facções.

“Por que isso? porque, infelizmente, nós não temos um governador que exerça a sua autoridade, que faça cumprir a lei e a ordem, que dê segurança ao cidadão. Jerônimo defende que o bandido tem que ser tratado com amor e carinho.”

O ex-prefeito afirmou que essa postura fortalece grupos criminosos no estado. “É claro que quando o governador dá esse exemplo, o crime organizado, as facções se acham no direito de ocupar o território, como fazem hoje na Bahia. Eles são verdadeiros terroristas e precisam ser tratados dessa forma, governador. Não é com amor e carinho que o senhor vai resolver o problema da segurança pública na Bahia. É garantindo que a ordem prevaleça. É indo atrás desses bandidos, como fazem outros governadores em nosso país.”

Segundo Neto, a ação estatal deve proteger a população. “O papel do Estado, Jerônimo Rodrigues, é assegurar a preservação da vida do cidadão de bem. E não passar a mão na cabeça de bandido.”