Em entrevista concedida ao comunicador
Eduardo Bocão, o secretário Adolpho Loyola, um dos principais articuladores políticos do governador Jerônimo Rodrigues, detalhou o atual cenário da base governista na Bahia e como estão sendo conduzidas as tratativas rumo à sucessão estadual.

Com segurança e números precisos, Loyola apresentou o quadro de prefeituras alinhadas aos partidos que integram a base do governo:

PT: 50 prefeitos;

PSD (de Otto Alencar): 100 prefeitos;

Avante (de Ângelo Coronel): 70 prefeitos;

MDB (dos irmãos Geddel e Lúcio Vieira Lima): 35 prefeitos;

PCdoB (do deputado Fabrício Falcão): 15 prefeitos;

PSB: mais de 20 prefeitos.

Além disso, Loyola revelou que o governador Jerônimo Rodrigues já recebeu em seu gabinete mais de 10 prefeitos do União Brasil (UB), partido de oposição.

Segundo o secretário, isso não significa que esses prefeitos estejam, necessariamente, alinhados ao governo no que se refere à sucessão estadual. As reuniões, segundo ele, fazem parte de tratativas institucionais normais, e o tempo mostrará se esses gestores decidirão caminhar ao lado do governador em 2026.

Adolpho Loyola também fez questão de destacar que o governo não governa por números, mas por resultados — e que a administração estadual tem mantido diálogo aberto e respeitoso com prefeitos de todas as siglas partidárias, independentemente da coloração política.

O que fica evidente é que Jerônimo Rodrigues demonstra habilidade política e disposição para o diálogo. O governador, atento e estrategista, busca fortalecer sua base sem excluir eventuais novas alianças, numa clara demonstração de que a corrida pela reeleição já começou, mesmo que ainda de forma discreta.

E, convenhamos, disputar uma reeleição em um estado como a Bahia exige habilidade, articulação e capacidade de ouvir. É exatamente isso que Jerônimo tem feito: manter relações institucionais sólidas e buscar a confiança de prefeitos que hoje estão insatisfeitos com a oposição, liderada pelo ex-prefeito de Salvador e vice-presidente nacional da União Brasil, ACM Neto.

Portanto, preparem-se: a disputa eleitoral de 2026 promete ser das mais acirradas.

Não será brincadeira, será um verdadeiro teste de força e de articulação política.