Em noite solene, imponente, cheia de garbo, Câmara de Vereadores tomba o majestoso prédio do Memorial Manoel Fernandes de Oliveira.

A noite de ontem, em Vitória da Conquista, ficará marcada definitivamente nos anais da nossa cidade como uma das noites mais bonitas e mais belas quando se refere à questão política. Ontem aconteceu algo que traz alento, que traz uma tranquilidade para os conquistenses que prezam pela sua história, pela sua memória, pelo que foi construído no passado em busca de uma cidade que está próxima a completar 200 anos de emancipação política. Faltam apenas 15 anos, quando simbolicamente seremos uma cidade debutante. Estamos a 15 anos de alcançar a marca de dois centenários.
A Câmara de Vereadores, inteira, a partir do seu presidente Ivan Cordeiro e de todos os vereadores, independente da sigla partidária, mostrou que está em consonância com o que pensa a nossa cidade. Uma cidade progressista, avançada, visionária, que busca o desenvolvimento e que se preocupa com o futuro da nossa joia do sertão baiano. A população e os vereadores entendem que uma cidade não avança e não cresce se no seu presente não existirem homens e mulheres que pensem no futuro de forma soberana e que não esqueçam do que fizeram aqueles que construíram a capital do sudoeste da Bahia.
Não se trata apenas de lembrar nomes que construíram Conquista. São líderes políticos, profissionais liberais, homens do povo, pastores, sacerdotes, kardecistas e representantes dos terreiros. Somos uma cidade ecumênica, que convive e respeita os diferentes. Mas não podemos esquecer as edificações feitas por mãos calejadas, como os grandes casarões que, se deixados ao tempo, poderiam se transformar em estacionamento.
Felizmente, o casarão da Prefeitura já foi tombado. Parabéns ao ex-prefeito Herzem Gusmão por ter iniciado esse processo. E agora, o prédio da Câmara de Vereadores, o Memorial Manoel Fernandes de Oliveira, também está protegido.
A beleza da noite não se resumiu ao ato. Não se resumiu às falas dos vereadores, nem às falas do museólogo e jornalista Fábio Sena, extraordinário pensador. Não se limitou ao improviso brilhante de Lidice Matos, quebrando o protocolo e engrandecendo o momento. Não se restringiu às palavras do padre Carlos ou do deputado Elquisson Soares. A beleza também estava na chegada à Barão do Rio Branco, quando a fachada do prédio iluminada de azul chamava a atenção. O Novembro Azul ganhou destaque especial. As cadeiras alinhadas no meio da rua e o público sentado de forma elegante aplaudiam o ato realizado pela Câmara Municipal.
No dia 18 de novembro, uma noite majestosa foi escrita na história de Vitória da Conquista. Uma solenidade que nunca será esquecida por aqueles que estavam presentes.
Parabéns, professor Larry. Parabéns a todos os envolvidos. Uma noite linda que ficará, de forma permanente, registrada nos anais da Câmara Municipal de Vitória da Conquista.












































Parabéns a Vitória da Conquista, por ter resguardado sua memória para o futuro. Parabéns Massinha, pela matéria.
Como me lembrou o historiador Paulo Marcio o casarão é conhecido como sobrado de Maneca Santos. Filhos do fundador da família Santos, Manoel José dos Santos Silva e de Ana Angélica dos Santos Silva, nossa Sinhazinha Santos, Manoel Fernandes dos Santos Silva, Maneca Santos, irmão de dona Janoca, Joana Angélica Santos Silva esposa de José Fernandes de Oliveira o coronel Gugé, que é filho de Luiz Fernandes de Oliveira, que foi o primeiro presidente do Conselho Municipal, equivalente a um presidente de Câmara, que acumulava a função de, também, administrar a recém criada Imperial Vila da Vitória em 1840.
Portanto, podemos dizer que este importante tombamento do Sobrado de Maneca Santos, que hoje abriga o Memorial Manoel Fernandes de Oliveira, nosso grande poeta condoreiro do Morro da Tromba, Maneca Grosso, já foi ocupado, antes, pelo Fórum e pela Câmara de Vereadores tem um perfil histórico muito importante. Parabéns a todos os envolvidos em preservar os casarões antigos que ainda materializa a bela história de Vitória da Conquista. Que outros importantes locais sejam tombados, como a serra do Morro da Tromba de onde Maneca Grosso fez um dos mais belos poemas da nossa história, quiça, da Bahia, retratando Conquista pelos quatro pontos cardeais.
Em tempo, lembro aos senhores vereadores que Manoel Fernandes de Oliveira, Maneca Grosso, pela sua importância histórica, merece ser homenageado dando o nome a uma avenida da cidade.
Se o inventor Bartolomeu de Gusmão, o “padre voador”, de São Paulo, que nunca veio em Conquista, deu nome a uma importante avenida, por que nossa cidade não teve o orgulho de dar nome a uma avenida para um professor, poeta e jornalista, que muito lutou para que Conquista chegasse onde chegou? Ainda é tempo de corrigir esse descaso com nossa história.
Que a próxima avenida a ser aberta em Conquista homenageie Maneca Grosso. Em discussão. em votação. requirimento aprovado?