Para quem não está por dentro dos bastidores políticos, pode até parecer que a prefeita Sheila Lemos foi deselegante ao não recepcionar o governador Jerônimo Rodrigues durante sua visita a Vitória da Conquista na última sexta-feira (6). Na ocasião, o mandatário baiano cumpriu uma intensa agenda na cidade, com entregas importantes nas áreas da saúde, segurança pública e em benefício de diversos municípios do sudoeste baiano.

Mas os fatos precisam ser esclarecidos. Há cerca de um mês e meio, foi realizada uma reunião em Salvador, da qual participaram representantes do governo municipal, empresários e parlamentares. Estiveram presentes o chefe de gabinete da prefeita, Ivanildo Silva; o procurador-geral do município, Jônatan Meireles; o presidente da Câmara, Ivan Cordeiro; o vereador Ricardo Babão; José Maria Caires, do movimento Duplica Sudoeste; o presidente da AINVIC, José Luís Marinho e o empresário Marcos Vinícius, da Tia Sônia. Todos foram recebidos pelo secretário estadual de Relações Institucionais, Loyola, homem de confiança do governador. Estava presente também os deputados Fabrício Falcão, Tiago Correia, enfim, esses dois eu lembro perfeitamente, além do secretário de Turismo, Maurício Bacelar.

A reunião foi cordial, institucional e produtiva. Representou a boa vontade da prefeita Sheila em manter diálogo com o Governo do Estado. Mais recentemente, inclusive, ela esteve pessoalmente no gabinete do governador Jerônimo, em Salvador, em um encontro articulado pelo deputado estadual Fabrício Falcão. Ou seja, não há qualquer indicativo de conflito ou distanciamento institucional entre os dois entes.

A ausência de Sheila na agenda oficial do governador em Vitória da Conquista se deu simplesmente porque ela já havia assumido compromisso anteriormente: a recepção ao vice-presidente nacional do União Brasil, ACM Neto, também na sexta-feira. O próprio blog do jornalista Giorlando Lima esclareceu isso com detalhes.

Portanto, não houve deselegância. A política se faz com responsabilidade, diálogo e civilidade. É importante que os fatos sejam analisados com serenidade, sem alimentar narrativas equivocadas ou buscar conflitos onde eles não existem.