O suspense continua: quem será o presidente do legislativo conquistense? Carlos Costa, petista autêntico, defende que a esquerda deve lançar candidato, mesmo que seja para marcar posição.
Carlos Costa, conhecido por sua militância histórica no Partido dos Trabalhadores (PT) e por ser um defensor coerente dos princípios ideológicos da esquerda, tem se destacado nos debates políticos de Vitória da Conquista. Petista desde a fundação do partido, ele mantém uma postura crítica, não apenas em relação à direita, mas também às incoerências internas que surgem no cenário político nacional e regional.
Segundo ele, a esquerda deve preservar seus princípios e marcar posição, mesmo em cenários adversos. É com esse pensamento que Carlos Costa advoga pela necessidade de os partidos da federação (PT, PCdoB e PSB) apresentarem um candidato à presidência da Câmara Municipal na próxima legislatura, que inicia em janeiro. Para ele, essa ação seria uma forma de retribuir a confiança dos eleitores que votaram nos candidatos de esquerda nas últimas eleições municipais, como Waldenor Pereira e Luciana Silva.
Um apelo por coerência ideológica
Carlos acredita que, independentemente do resultado, a esquerda deve manter sua coerência e lançar um candidato próprio. Ele argumenta que apoiar um nome alinhado com a base da prefeita Sheila Lemos representaria uma traição aos princípios da federação. Segundo ele, essa seria uma oportunidade para mostrar à sociedade que os partidos de esquerda estão comprometidos com suas bases e com os valores que representam.
Os desafios da união na federação
No entanto, a realidade política mostra-se desafiadora para a concretização desse ideal. Os três vereadores do PCdoB—Luciano Gomes, Ricardo Babão e Andresson Oliveira—têm sinalizado apoio a candidatos fora da federação. Essa posição se justifica, segundo analistas, pela busca de espaço na mesa diretora e pela articulação política local.
Carlos Costa reconhece que essa postura dificulta a viabilidade de uma candidatura unificada da esquerda, mas insiste que marcar posição seria um gesto de respeito aos eleitores e um sinal de força política, mesmo diante de um cenário adverso.
Uma empreitada difícil
A ideia de Carlos, embora coerente do ponto de vista ideológico, enfrenta barreiras práticas. A política conquistense, como em muitas cidades, é marcada por articulações que muitas vezes colocam interesses estratégicos acima de ideais partidários.
Apesar disso, sua postura serve como um lembrete da importância de se manter fiel às origens e valores que moldaram a esquerda em Vitória da Conquista. Ainda que improvável, sua sugestão é um apelo por uma política mais coerente e representativa.
Que rumo tomará o legislativo conquistense? A resposta a essa pergunta virá em breve, mas o debate está lançado e o cenário promete desdobramentos interessantes.