Guilherme Menezes, Waldenor Pereira e José Raimundo Fontes, entre outros nomes, remontam aos anos 1980 como líderes que começaram a escrever uma história ainda com Pedral, o principal líder político do interior do estado e um dos maiores nomes da política da Bahia, representando a esquerda ou centro-esquerda naquela época. Esse trio de líderes se consolidou como as figuras mais destacadas do Partido dos Trabalhadores em nossa cidade e as principais do interior do estado. Vitória da Conquista, a partir dessas três lideranças, foi, sem dúvida, a cidade que inspirou o PT Nacional a administrar, servindo como exemplo de resistência. Tanto é que o Partido dos Trabalhadores esteve no poder por 20 anos, com participações de outros partidos de esquerda como PCdoB, PSB e PV.

Mas tudo na vida passa. Ninguém é eterno. É evidente que jamais se deve esquecer daqueles que abriram os caminhos, desbravaram novas trilhas e foram responsáveis por novos pensamentos políticos. No entanto, também não se pode ignorar a necessidade de renovação, de preparar quadros para eventuais demandas futuras. Novos nomes têm surgido, e é possível destacar os vereadores Fernando Jacaré, Viviane Sampaio, Valdemir Dias e, mais recentemente, Alexandre Xandó. Referimos-nos aos nomes do PT, mas há outras figuras que serviram como vanguarda da política de esquerda em Vitória da Conquista, embora optemos por não citá-las neste momento.

Agora, com o desempenho de Waldenor Pereira nesta eleição, e considerando que já são quase três décadas de protagonismo, surge a questão: quem assumirá a liderança em uma eventual aposentadoria política de Waldenor, José Raimundo e Guilherme? Fica o questionamento e a incógnita. Ou será que outros partidos, como o PCdoB, PSB e PV, assumirão a vanguarda da esquerda em nossa cidade?