Já faz tempo que o governador Jerônimo Rodrigues avisou aos conquistenses que se opõem à prefeita Sheila Lemos que ele, ou melhor, a base do governo, tem duas candidaturas: a do deputado Waldenor Pereira e da vereadora Lúcia Rocha. “Ambos são do nosso time, espero que eles se entendam para que tenhamos uma candidatura forte”, dizia o governador desde o ano passado.

Os petistas de carteirinha se chatearam, queriam que o mandatário baiano definisse seu apoio ao colega de partido, o deputado federal Waldenor, um dos fundadores do PT em Vitória da Conquista, e, portanto, uma figura histórica dentro da sigla do presidente Lula.

Não houve acordo entre Nonô e Lúcia. A vereadora, naquele instante, liderava as pesquisas, segundo afirmavam os “cientistas políticos” de becos, ruas, vielas, bares e botecos — gente que não frequentou os bancos universitários, mas sabe onde as “cobras dormem”. Essa notícia chegou aos ouvidos dos irmãos Vieira Lima, Lúcio e Geddel, que disseram: “Nossa candidata lidera as pesquisas e não vemos sentido em ser vice de ninguém; ficaremos felizes se o deputado Nonô nos apoiar.”

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O tempo passou. Lúcia escolheu seu vice, Sheila cresceu, passou a ter o seu trabalho reconhecido e trouxe o Dr. Alan para junto de si. Nonô continuou sua caminhada, estendeu a mão para a advogada Luciana Silva, e os dois estão caminhando juntos em busca de votos.

Enfim, por mais que Jerônimo tenha se esforçado, não conseguiu a tão sonhada unidade dentro da sua base aqui em Conquista. Em pronunciamento recente, o governador ainda alimenta o sonho de unir todos até setembro para não “correr risco”. Isso porque a prefeita Sheila aparece na preferência do eleitorado, e Conquista é fundamental para o PT estadual na sucessão de 2026.

O candidato Marcos Adriano, do Avante, embora seu partido seja da base do governo, ousa dizer: “Quer mudança de verdade? Venha comigo.” Sheila mantém sua fala de que “Conquista não quer voltar ao passado”, enquanto Nonô e Lúcia vão tocando a bola no meio de campo, sem se agredirem, administrando a situação até onde for possível. Creio que o limite será o resultado de uma pesquisa que sairá nos próximos dias; nela, o cenário atual e o resultado da consulta popular indicarão qual dos dois irá para o segundo turno.

Como diz a sabedoria popular: “Está chegando a hora da onça beber água!”