Cacau partiu. Foi embora uma boa parte do futebol de Vitória da Conquista!
Ele era onipresente, estava em todos os campos e quadras de nossa cidade, amou como ninguém o Bairro Brasil, talvez, por isso deu preferência aos colégios Paulo Vl e Centro Integrado para sentar no banco ao lado do professor Zilton Santana e Mestre Sana, respectivamente, nos memoráveis torneios que promovíamos no Ginásio de Esportes Raul Ferraz.
Cacau fez parte do Cruzeirinho, compôs a Comissão Auxiliar Técnica do Bahia de Guimarães, do Cinza de Joilson e Moquinha, gritava o nome dos jogadores do Falcão Calçados nos inesquecíveis torneios de Futebol Society do Clube Social Conquista. Cacau, meu querido, você faz parte da história do esporte amador e profissional de nossa amada Vitória da Conquista.
Tivemos como roupeiro nomes como Matias, Grilo, Ailton (Nariz), todos muito prestativos e carismáticos, mas ninguém se igualou a esse ser humano incrível que dedicou sua vida ao esporte. Serviu ao Aliança, ao Santos do Alto Maron, as seleções de Futebol de Salão que disputavam os Jogos do Interior e também as seleções de Futebol campeãs do Intermunicipal de 1979 e 1984.
Cacau era uma espécie de talismã, ele dava sorte e todo mundo gostava dele. O que ele mais gostava? Primeiro, que o seu time ganhasse e, em segundo lugar, uma coca cola litro, só pra ele, não dividia com ninguém.
O Massicas já teve a honra de contar com a ajuda desse apaixonado conquistense pelo futebol.
Ele gostava quando estreávamos uniforme novo, vibrava: “onde é que você arranjou esse “material”?, me perguntava sempre quando ele distribuia as camisas de manga comprida.
Quem conhece com detalhes a vida esportiva de Cacau é Luciano Paredão, Jurinha, Cambraia, Wilton, dentre outros.
Cacau partiu e deixa um vazio no meio de nós, fará muita falta, e ao descer a Rua São Geraldo, do lado direito está o Aero Bar, aonde aos domingos, não sempre, mas sempre que podia, ia comer uma meia dúzia de pastéis que Nilton lhe preparava.
Humaitá, Serrano, clubes profissionais da nossa cidade, também já contaram com o astral de Cacau no banco.
Vá com Deus, querido Cacau!