Na manhã de ontem as siglas que deverão fazer parte da frente partidária que busca retornar ao poder em Vitória da Conquista, tendo o Partido dos Trabalhadores como timoneiro do processo, debateram a conjuntura nacional, estadual e municipal, tendo o deputado Waldenor Pereira e o cientista político Edvaldo Alves como apresentadores do tema, e o fizeram de forma didática, prendendo a atenção da plateia composta, nesse primeiro momento, de um grupo de militantes históricos, vereadores, e na mesa se encontravam os dirigentes partidários.

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Diferentemente dos outros pleitos quando a Frente Conquista Popular se reunia muito próximo da disputa, desta feita a discussão começou mais cedo, afinal, está em jogo o poder político da terceira maior cidade do estado, a grande referência dos petistas, o xodó, podemos assim dizer, pois foi a nossa cidade que deu grandes vitórias a agremiação que tem o presidente Lula como o seu principal filiado.

Foi a partir de Conquista que a Bahia tornou-se a principal trincheira de oposição no estado, foi na Suíça Baiana que surgiram as lideranças de Zé Raimundo, Nonô, que foram buscar no PV o médico Guilherme Menezes que veio a ser o principal nome petista da cidade e de todo o interior, elegendo-se prefeito em quatro oportunidades.

O que está em jogo agora é a retomada do poder perdido em 2016 numa onda anti-petista, que chegou até a Serra do Piripiri e encontrou o falecido prefeito Herzem Gusmão ávido para encontrar uma chance real para desbancar os seus antigos ídolos: Guilherme, Zé Raimundo e Nonô. Era Deus no céu e os três na Terra.

Cavalo arreado, pronto pra montar, não se acha todo dia, e o ex-radialista não perdeu tempo, se jogou, ganhou uma eleição, venceu mais uma e agora Sheilla busca manter a escrita, e já está em campo, dia e noite, está determinada em continuar sentada na principal cadeira do casarão da Praça Joaquim Correia.

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Por isso mesmo é que o PT, PCdoB e PV se reuniram ontem para começar as estratégias para conduzir o deputado federal Waldenor Pereira como o nome de consenso visando a disputa épica de 2024. O clima é de unidade, inclusive dentro do próprio PT, o que parecia difícil, mas não existe nenhum sinal de discórdia, o partido vai de Nonô, está escrito nas estrelas.

É bom lembrar que o PT não fará cerimônia se tiver que escolher a vereadora Lúcia Rocha como vice, o problema (será?) é convencer o PCdoB e o PV, por enquanto, porque um pouco mais à frente terá que fazer o mesmo com o PSD, PSB e outros partidos que por ventura venham a fazer parte da frente.