Foram mais de 60 dias entrincheirados em frente ao Tiro de Guerra, calçamento que fica na Praça Sá Barreto, mesmo endereço onde morou o líder José Pedral, um dos marcos da resistência democrática, ele que fora vítima do regime militar quando foi instituído no país o governo de exceção.

Os patriotas, assim chamados e identificados como tais por fazerem parte daqueles que votaram no ex-presidente Jair Bolsonaro, que tinham (ou ainda enxergam no capitão) no grande líder dos conservadores, que “salvaria o país do comunismo e da falta de Deus”, por isso mesmo essa entrega pessoal, o sacrifício de deixarem o conforto dos lares, o contato pessoal com os seus familiares, para se entregarem de “corpo e alma” a uma causa justa e patriótica, segundo a visão de homens e mulheres que assumiram um movimento de vigília até que as “forças armadas assumissem de vez o comanda do destino do país”, assim se reportavam todos aqueles que se instalaram em frente aos quartéis, inclusive, em Conquista.

Os bolsonaristas não se conformam com o resultado das eleições e por isso mesmo não abriram mão de pedir a intervenção militar: “fomos garfados, o resultado não foi esse, o presidente não tomará posse, ele não subirá a rampa do palácio”, afirmavam os eleitores do “mito”.

Ontem o presidente Lula assumiu pela terceira vez o comando do país. Enquanto isso, as turbinas de uma potente aeronave fazia barulho e sinalizava que dentro dela seguia um ilustre passageiro: o ainda presidente Bolsonaro. Ele viajou para os Estados Unidos.

Assim é a vida, assim é a política, assim caminha a humanidade!