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Começou a disputa para o cargo de vice da atual prefeita Sheila Lemos caso venha ser candidata à reeleição em 2024, o que é lógico e natural.

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Estou falando aqui da disputa interna, do grupo de Sheila e da mãe da gestora, Dona Irma, o núcleo do poder. O grupo que lhe é fiel, aqueles que tem pouca ou muita identidade com a filha e com a mãe.

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Tem aqueles também que estão no poder, com cargo ou não, mas sonham com essa possibilidade. Na verdade, se renderam a uma realidade incontestável:

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Sheila foi mesmo a indicada para ser a vice de Herzem. Muitos queriam estar no lugar dela, tudo isso muito natural.

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O que não foi bacana, decente, leal, foi algumas figuras lutando, articulando para enfraquecer a prefeita, também, infelizmente, isso é normal na política e no relacionamento humano. O nome disso é trairagem. Faz parte do jogo, embora não esteja no regulamento.

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Também possa ser que seja devaneio da nossa parte, impressão, um pré-julgamento. O que é perigoso, ruim, digamos assim, é injusto mesmo que as evidências apontem para isso.

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E a disputa pela vice de Sheila terá outras origens, de muitos que estão no grupo, mas não são a essência do grupo (leia-se Sheila/Irma). Os herzistas, também natural que eles existam e queiram permanecer vivos.

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Ainda temos aqueles aliados momentâneos, estratégicos, que lutam pelo poder ou queiram simplesmente ficar ao lado dele. Aí é uma situação meio confusa, poderá haver uma resistência sistemática e melar as articulações.

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Com o dinamismo da política, com os absurdos que acontecem dentro dela, com as junções de sigla que jamais o eleitor possa imaginar, fique sentado porque pode acontecer.

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Fique ligado, pode acontecer ou não. O pragmatismo é um artifício em voga na política, também acontecem coisas, fatos, alianças nunca imaginadas, mas a realidade ou a necessidade nos impõe, ou melhor, lhes impõe.

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Lembram Tancredo com os gladiadores, guerreiros do MDB, Ullysses, Pedro Simon, Teotônio, FHC? E a junção com Sarney a seguir? Lula com José Alencar? E agora Alckmin com Lula? Lembram de Josafá Marinho com o velho ACM?

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Só pra voltar à política local: Pedral com ACM; Margarida com Pedral; mais incrível ainda: Pedral com Herzem, lembram?

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E Guilherme com Clovis Assis e Coriolano Sales? E por último último, o PT e o MDB na Bahia, sem precisar entrar em detalhes.

Política, realmente, não é para amadores.

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Portanto, está na ordem do dia a disputa pela vice de Sheila. Pode pegar fogo e se começar uma busca pela terceira via, o que não é descartado, embora poucos ousarão se a prefeita receber na conta da prefeitura os 72 milhões de dólares aprovados pela Câmara de Vereadores.

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Vemos uma série de outdoors espalhados pela cidade dando conta de obras que estão sendo realizadas e outras que serão iniciadas.

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O PT não assistirá estático, deverá lançar candidato. Será Nonô? Ele, creio, quer, sempre quis, soube esperar. E será? Se depender de Zé Raimundo, sim. De Guilherme, nunca! Imagino.

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Fabrício e o PCdB ficará olhando? Não! Jamais! Quem sabe, de acordo com a conjuntura nacional, poderá dizer ao PT: “velho, nos apoie agora”. Será?

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Se acontecer esse milagre o PSB vem junto. Não consigo enxergar uma rebelião do PCdoB, PSB e PSD, entra aí também o PV, e juntos construirão uma terceira via à esquerda.

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Tem também a possibilidade do PSB buscar um entendimento com a prefeita Sheila e apresentar um nome para vice, então o companheiro de chapa da prefeita não se resume aos que estão no seu ninho, longe disso….

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…só que tem uma agravante: quem é conservador, de direita raiz, que vota em Bolsonaro, insurgirá e fará o que mais tem vontade:

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Lançará uma terceira via à direita, bem aberta, correndo bem junto à linha lateral, como fazia Mané Garrincha. Nesse caso, se Bolsonaro vencer.

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Sheila está ciente disso tudo, está prevenida, ela está conversando e ouvindo todo mundo como fez no início do governo. A mão esteve estendida e os ouvidos abertos para todos, e continua…

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…agora ela conversa, ouve, escuta e discute com outras figuras que até então ela não fazia.

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Na Câmara tem gente que quer ser vice de Sheila; no secretariado; nas instituições e entidades; no meio do povo, entre os jovens e na área médica.

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Sobre o vice de Neto? Não falarei hoje, poderia fazê-lo, mas não o farei. Só pra não dizer que sou radical: se o ex-prefeito Herzem estivesse vivo seria ele ou Sheila. Pra Neto, o vice do interior e da região sudoeste seria importante para ele.

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E na noite de ontem, no Conquista Sul, o jornalista Diego Gomes lançou o livro que conta um pouco da história do ex-radialista e prefeito Herzem Gusmão. O ato aconteceu na Livraria Nobel.

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E, finalmente, outro político terá sua vida contada em livro. O lançamento será em agosto, na Câmara de Vereadores, e trata-se do ex-deputado Elquisson Soares. O autor é o professor e historiador Durval Menezes.