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Não se trata de saudosismo, é apenas um resgate dos momentos incríveis que o futebol profissional de nossa cidade protagonizou com um E.C. Conquista imbatível dentro do estádio Lomantão, um belíssimo alçapão onde os adversários tremiam, pois sabiam que as arquibancadas gritavam coros de incentivo, tornando os jogadores gladiadores invencíveis.

Se preferirem pode ser “Guerreiros Mongoiós”, como era chamado o azulino, o Conquista de Piolho, Naldo, Agra, Juraci, Jurandi, Nego, Diva, Tolica, Wesley, Mizinho, Ermi, Celso, Jaymilton e Isac, jogadores que jogavam por letra e se tornaram grandes ídolos dos torcedores conquistenses.

Casa cheia, Lomanto Júnior lotado, Zéu Prates e Mário Seixas, dois respeitados cidadãos da sociedade, se transformavam em meninos e corriam de um lado para outro margeando o alambrado, o canal que separa o campo de jogo das arquibancadas, onde uma multidão sabia que sairia dali com uma vitória ou, no mínimo, um empate.

No banco o fantástico treinador José Maria Areas, um irmão mais velho de todos os seus comandados.

Nos bastidores, ao lado do treinador ou elegantemente trajados, os diretores se posicionavam próximo a linha lateral do campo, como se quisessem dizer ao árbitro da partida: “aqui não é a Fonte Nova, estamos de olho, basta marcar direito”, e ao final do embate vencia o melhor, sem sofrer interferência da arbitragem.

Os cartolas da “terra do frio” se faziam respeitar, tinham peso e influência, no entanto agiam dentro da lei, nada que envergonhasse o nome da cidade.

A foto mostra figuras ilustres da sempre importante capital do sudoeste da Bahia, homens com uma trajetória de dedicação aos seus conterrâneos e que sempre serão reconhecidos por todos nós.

Para quem não conhecem os grandes conquistenses da foto, irei descrevê-los para os nossos leitores:

Em pé: Flávio Andrade, Sebastião Coelho (In memorian), Beto Coca Cola (In memorian), Washington Correia, (?),  Eraldo Gusmão (In memorian), Hélio Almeida, Raul Ferraz, Orlando Baneb e Luís Bittencourt.

Agachados: Petronio Sales (In memorian), Ronaldo Pinto (In memorian), Zé Maria Areas, Dori Correia (In memorian), Ivo Aguiar (In memorian), Pedro Bittencourt Ferraz (In memorian) e Dedeo (In memorian).

Está aí parte da nossa história no futebol de Conquista e da Bahia, ela continua sendo escrita por outras mãos, o que é muito natural, até porque a vida é uma corrida de bastão, o importante é que honremos a nossa tradição.

No próximo domingo o ECPP jogará no Lomantão contra o Vitória da capital, precisando vencer a todo custo, sob pena de aproximar cada vez mais do fantasma do rebaixamento.