Por Alexandre Aguiar

Ainda sobre a visita de sexta-feira na Igreja do Bonfim. Por um momento retirei a máscara para registrar um retrato com a lembrança das fitinhas amarradas no átrio da Igreja à Senhor do Bonfim, que também é Oxalá.

Estas fitinhas afirmam o laço sincretico afetivo religioso do povo brasileiro na nossa crença. Então, no dia 21 de janeiro de 2022, comemorei o Dia Contra a Intolerância Religiosa, na Cidade do Salvador, Bahia de Todos os Santos. 

No Município de Salvador os Terreiros de. Candomblé não pagam Imposto, em sintonia com diversidade religiosa, liberdade de crença, culto e fé, bem assim a limitação constitucional ao dever de tributar templos religiosos, disposta no ART.150, inciso VI da Constituição Federal e gozam de imunidade Tributária desde 20 de janeiro de 2016.

Na Bahia defendemos até a descrença do ateu, pois logicamente entendemos que quando negam a existência divina, essa negativa só é possível graças a Deus. Então só existe ateu na Bahia graças a Deus e como o nosso Estado é conciencioso, o que não admitimos é o pre-conceito e a descriminação.

Católico quer dizer universal. Os evangélicos e espíritas, por sua vez, são também católicos (universais) e a maturidade da compreensão recíproca, sempre nos permite conviver, sabendo que as diferenças que separam não são superiores as qualidades que promovem a união e assim nas religiões temos identidade, haja vista que o propósito de todas presenças no Brasil é a paz.

Quem pesquisa e me ensina um pouco sobre isso, é o Professor Itamar P. Aguiar, que é antropologo da religião e através dos seus estudos antecipou em 5 (cinco) anos a Declaração Universal dos Direitos a Diversidade Cultural da UNESCO de 2003, quando escreveu: “As Religiões Afro-Brasileiras em Vitória da Conquista: caminhos da diversidade” em 1999, jamais publicada, por uma negativa institucional em edital da Editora UESB no ano de 2010.

Itamar, 71 anos, completará 49 de educação pública, e é consagrado livre pensador da diversidade religiosa no sertão da Bahia.