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O setor de eventos e shows no mercado baiano está como um vulcão depois que o ex-prefeito ACM Neto disse que apoia as medidas assumidas pelo governador Rui Costa. Os dois, virtuais adversários nas eleições do ano em curso, Neto como candidato ao governo do estado e Rui como apoiador do senador Jaques Wagner.

O clima esquentou, a temperatura subiu e pode resultar numa grande erupção a partir das últimas decisões do mandatário petista que diminuiu para três mil o número de pessoas que pode comparecer aos shows programados para espaços fechados.

“O pessoal não está cumprindo as regras, tem muita gente nas festas, e deverei diminuir ainda mais se não tomarem providências”, disse o governador que foi acompanhado pelo neto do velho ACM, o famoso Cabeça Branca, que disse: “estivemos juntos desde o início da pandemia e devo seguir a decisão do governador, pois considero acertada”. Essa fala fez o chão ruir aos pés dos empresários que esperavam uma posição diferente por parte do presidente nacional do DEM.

Os empresários entendem que já estão muito sacrificados e chegam a prejuízos incalculáveis, pois, segundo eles, faltam critérios nas decisões.

Quem saiu em defesa dos promotores de eventos foi o apresentador Eduardo Bocão, que em voz pausada e didática reverberou aos microfones da sua rádio: “Governador, me ouça: o Sr. está punindo uma classe que trabalha e gera emprego, eles movimentam muito dinheiro, não é apenas junto aos que estão envolvidos nos shows, é toda uma cadeia, governador. Eu conheço muitos empresários que sabem fazer festa, cumprem com os protocolos”, e citou uma infinidade de produtores de eventos. E por fim Eduardo desafiou: “por que vocês não vão aos locais clandestinos onde bandidos estão patrocinando festas para mais de cinco mil pessoas? Mandar desligar o som de uma festa no Wet é fácil!”, disse o apresentador mais indignado do que com a atual situação do Vitória, seu time do coração.