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Prossegue o imbróglio envolvendo o PSDB no município de Vitória da Conquista desde que o diretório local definiu marchar mais uma vez com o prefeito Herzem Gusmão numa campanha política na capital do sudoeste da Bahia.
Antes de falar ao telefone, ele nos enviou um texto por Whatsapp:
“Sou candidato à prefeito de Conquista, infelizmente Ticolô tem destruído a reputação do PSDB, utilizando a legenda apenas para interesses pessoais e tentando um desgaste para favorecer seu amigo Herzem. Mas sou candidato e ele bem sabe”.
Em seguida fiz algumas perguntas escritas ao deputado e ele me respondeu por áudio, já que estava com o carro em movimento e precisou parar para me enviar as respostas. Postarei as minhas indagações em ordem, quanto as respostas do tucano não obedecerão o mesmo critério:

“Quando o Sr. diz que ‘Claudionor tem destruído a reputação do PSDB utilizando a legenda para favorecer o amigo Herzem’, ele, Claudionor, como presidente da legenda em Conquista, não teria o direito de fazer essa escolha?
O Sr. também afirma que o PSDB determina que em cidades com mais de 100 mil eleitores terá que apresentar candidatura própria, o erro do dirigente conquistense está em não acatar uma decisão de instância superior?
Deputado Marcell, o Sr. está anunciando sua chegada à cidade acompanhado de figuras do staff tucano. Qual o motivo principal da sua vinda?
Em entrevista ao nosso programa Agito Geral, veiculado na rádio Transamérica, o presidente Claudionor afirmou aos ouvintes que reunirá o diretório do partido para que o Sr. possa externar ‘o seu legítimo desejo de ser candidato à prefeito, e que todos irão ouvi-lo e, quem sabe, serem convencidos’. Já é um sinal de abertura, de entendimento?”

“Massinha, bom dia, meu amigo. Estou aqui dirigindo, mas vou fazer um áudio pra você entender.
A política não é um clube de amigos, a política se diz relacionado a votos, e foi comprovado na política anterior que Ticolô empurrou o partido para Herzem, deixando um partido grande como é o PSDB sem um candidato a vereador. Erro estratégico, erro de boa vontade de pensar no coletivo, ele empurrou o partido para Herzem. Se você for ver os números, o partido sozinho faria um vereador”.
E o deputado continua:
“Ponto dois: Ele já sabendo da decisão nacional do partido sobre cidades com mais de 100 mil eleitores ter obrigação de lançar uma candidatura, ele teve quatro anos para construir uma candidatura à prefeito, mal uma chapa de vereador ele conseguiu construir, deixou o partido à mercê. Outro ponto: política é voto, o PSDB é um partido grande, eu não estou indo pra tirar a candidatura de ninguém, estou indo para alavancar o partido, pedir votos para o 45. O que é melhor para o partido, ter um deputado estadual que teve 10 mil votos na cidade ou ficar apoiando uma candidatura para tentar ganhar um carguinho na prefeitura?”
É bom lembrar que o PSDB hoje tem três Secretarias no governo Herzem, afirmado pelo presidente Ticolô na entrevista concedida ao Agito na última segunda-feira, 24: “nós somos parceiros do governo, ocupamos três Secretarias, de Serviço Público, de Mobilidade Urbana e de Educação, sem contar o nosso amigo Paulo Roberto que ocupava a pasta da Agricultura. E o deputado prossegue:
“O objetivo de qualquer partido não é apoiar outro partido, é ter seus representantes no poder, seja vereadores, prefeitos ou governadores, para colocar nossas ideias em prática. Então o partido aí é um apêndice de Herzem Gusmão? Como que em uma cidade importante como Vitória da Conquista o PSDB não tem candidatura? Vai ter candidato sim, na hora que a gente chegar aí nós anunciamos, Marcell é o candidato e ele sabe disso”.
“Não existe entendimento, Massinha. O  partido tem candidatura própria, o partido quer crescer. Construir um partido hoje é colocar suas ideias em prática, não ser apêndice de um projeto falido. O PSDB aí em Conquista é um desastre, não tem um vereador. Por que Claudionor não é candidato à prefeito? Coloca ele pra ser candidato”.