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O Pensando Bem é um grupo de Whatsapp do qual tenho a honra e o prazer de fazer parte, sou o único aprendiz no universo de intelectuais, pensadores, filósofos, historiadores e renomados professores que vão desde a nossa querida Vitória da Conquista, passando por Salvador, Aracajú e Brasília.

Oscar Barreto faz parte desse seleto grupo e traz a sua colaboração ao nosso blog quando nos envia esse que artigo que publicaremos após fazermos a sua apresentação.

Oscar é Arquiteto Urbanista e Paisagista, Especializado em Ecovilas e Bairros Ecológicos, Construção Sustentável e Edificação Eficiente. Arquiteto coordenador de ONGs em intervenções vernaculares para comunidades nativas e carentes.

A seguir, o artigo:

“Certa feita em uma estadia em Montpellier na França, um amigo que me hospedava apontou da sua janela para uma casa em frente e disse que seus moradores saíram de férias há cerca de dois meses, mas um drama ocorreu antes deles viajarem, porque eles não tinham onde deixar os seus três cães e a decisão desses vizinhos foi leva-los para uma estrada a cinco quilômetros dali.

Diante do que se interpreta no Brasil, não seria tão ruim esse ato de abandono, pois os cachorros iriam viver a liberdade da disposição inata ao cão e a essência deles de serem cachorros e viverem em total harmonia com sua natureza e buscar a sua liberdade, procurar seu alimento e abrigo (a domesticação de cães se iniciou há 30.000 anos).

E qual o resultado disso? Em cinco dias, dois cachorros foram encontrados mortos atropelados na estrada próxima e outro encontrado um mês depois, desnutrido e doente, levando-o a morte a apesar tentativa de salva-lo por uma mulher que o encontrou em uma mata. Mas ainda assim, pela dedução dos fatos a morte dos cães não seria algo tão trágico, pois aqueles animais eram de raças e esses se tornaram inimigos públicos dos protetores no Brasil.

Não tenho muito argumento para explicar tal insanidade, mas se as mulheres e os gatos se tornaram seres malditos durante a inquisição na idade média, agora cães de raças pequenas, se tornaram indesejáveis na limpeza racial avesso e a punição não fica restrita a dor e ao sofrimento a esses seres que caminha para a extinção da subespécie canis lúpus familiares, mas  também ao sofrimento dos seus tutores.

Há cerca de dois meses um cachorro de um jovem foi envenenado com chumbinho na cidade de Pirassununga e qual foi a minha reação a esse crime? Procurar obviamente um protetor, pois seriam esses que eu teria uma compreensão e apoio para desvendar o crime! Mas sendo um cão de raça, o chumbinho podia não ter sido tão mal aplicado na visão dos supostos protetores.

Nesse instante o Brasil está órfão e isso pode ser percebido diante das queimadas que ocorrem na Amazônia, Cerrado e Pantanal, pois procurou-se os culpados, mas não procuram os animais queimados.

Agora o presidente do Brasil sancionou a vaquejada e o rodeio, chancelando a prática criminosa de exploração animal, que advém desde a era militar no Brasil, passando por todos os governos indistintamente. Mas a pergunta que seria importante ser respondida, onde estão os protetores para se levantarem contra essa praticas?

O criador não coloca o Sedém, que é uma cinta que provocaria dor no seu cão., também não usa esporas, peiteiras, sinos não lança, puxa o rabo e joga o seu cão no chão.

Também Pergunto, porque não invadimos as indústrias da morte, como a pecuária, a indústria pesqueira, os frangos confinados em granjas, quando os números de óbitos ultrapassam centenas de milhões de mortes ao ano no país?

Qual a diferença entre um criador e um fazendeiro? Essa resposta eu tenho, um criador é um ser dócil, que ama a sua cria, que cuida como um filho, que vai acompanhar esse em qualquer momento da vida, até a seu óbito quando estiver idoso. Esse criador não tem a morte em suas costas, muito diferente de um latifundiário que desmata e  queima, e agride que esta em seu caminho e talvez por isso, falte coragem aos protetores de agirem contra que deveriam ser os alvos dos defensores dos animais. Sendo assim é  fácil atingir o criador, mas usando a arma da truculência para os seus fins claramente político, que alias esta em conformidade com o que ocorre nesse instante no pais com um presidente machista, sexista, xenofóbico e especista.

O fato a estranhar que os canis não são para o abate do animal e sim para dar abrigo de cães de raça e são esses que guiam o cego, acham a droga no aerporto, acham sobreviventes em escombros, são guardas em residências e  opção de ter canis muitas vezes é para diminuir os altos custos de ter cães, pois ração, vacinas, remédios, tosas, veterinários, limpeza durante vinte anos de de vida de cães não é barato, por isso muitas vezes os filhotes são vendidos ou doados.

Os canis regulares, são opositores ferrenhos dos canis irregulares, os quais deveriam os protetores se unir para extipar a fabrica de produção de filhotes

Percebi certa feita em Berlin, Alemanha uma campanha que se repetia nos outdoor também em outros locais da Europa, implorando para não abandonarem o seu cão.

Isso demostra uma triste constatação na diferença substancial entre o protetor Europeu e o protetor Brasileiro e não estou aqui querendo enaltecer o europeu em relação ao brasileiro, pois os proprietários de animais europeus são até mais cruéis abandonando seus cães como no caso ocorreu em  Montpellier , mas os seus protetores apelam para as famílias não abandonarem seus cães ou gatos e enaltecem os canis, que são os lares mais seguros para os cães, pois nos canis onde tem o  animal tem toda a segurança e é tratado como do seu filho.

Enfim a luta dos protetores é a mesma dos canis, desde que se diferencie o joio do trigo e colocando cada qual em seu devido lugar. Existindo canis regulados e limpos que dão toda assistência a seus filhos e canis que como disse são fabricas produção de filhotes para um único fim que é o lucro não importando o sofrimento de cadelas e suas crias.”