Resenhas do Massicas – Parte II
A foto diz tudo. Foi um grande acontecimento musical em Vitória da Conquista.
Essa figura exótica, é ele mesmo, é um dos nossos grandes nomes da MPB. Pensador, formador de opinião. Insurgiu contra o regime de exceção. Deixou sua pátria por externar este sentimento de revolta. Foi obrigado a nós deixar. Voltou e ajudou a despertar em todos um sentimento de liberdade. É ele mesmo. É o nosso irmão, o nosso brother, o “mano Caetano”.
Trouxemos ele a Conquista, conforme o “retrato” testemunha, pela primeira vez, 20 anos atrás, na Exposição.
A foto mostra o momento que antecedia ao show. Que pena que o jornalista Giorlando Lima, que trocou palavras com o artista, não esteja nesta foto. Foi um showzaço! Retornamos com o irmão de Maria Bethânia a três anos passados na Arena Miraflores. Ele é tão querido na terra que o público já aguarda o domingo do Festival de Inverno para aplaudi-lo mais uma vez.
Sim, mas você quer conferir o time da fotografia: Meu pai Izalto, Rauldenis, lá no fundo Fernando Martins, Eduardo Bodão, eu (Massinha), Satyananda, Régia, Caetano e Yury.
xxxxxxxxxxx
Professor Antônio Neri, Marcos Menezes (in memorian), Juarez Flores, eu (Massinha), Chico Bueno, Curió e Jorge Piton. Foi no Clube Social Conquista. Quadra de cimento, descoberta. Lotada. Tinha “gente saindo pelo ladrão”. O adversário do Massicas foi a AABB, timaço, treinada por Dedé e tinha dois craques, dentre outros: Lalau e Ermi (in memorian).
O nosso time jogava por música. Atrás de nós, um monte de gente acompanhava para torcer e contar o balaio de gols que a gente distribuía nos adversários.
Izabel Teles, irmã de Luciano Paredão, que não jogou nesse dia, tem tudo anotado. Procurem saber, pesquisem sobre o Futebol de Salão do Massicas, perguntem o que representou para o esporte nas décadas de 80 e 90. Éramos apenas 5: Paredão, Marcão, Massinha, Juarez e Piton. Éramos “fominhas”, não tínhamos reservas. A gente queria jogar mais e mais. Até que decidimos ter um goleiro reserva. Foi aí que Curió começou a fazer parte. Depois evoluímos para o lógico. Começamos a inserir outros talentos: Toninho Gago, Almeidão, Pulga Loura, Zó, Kel, Tidão, Dedé Rapadura, Cambraia, Jurinha e os goleiros Marquinhos e João José.
Chegamos a representar a seleção de Conquista nos Jogos Abertos do Interior.
Todo mundo sempre quis vestir a camisa do Massicas. Naldo, um dos melhores meias do futebol da Bahia, também vestiu.
xxxxxxxxxxx
Faz tempo, muito tempo. Dá saudades!
A sacola na mão não tinha dentro roupa de grife. Eram laranjas já descascadas para chupar no intervalo do jogo. A garotada jogava duro. Tinham craques, outros faziam de tudo para ter intimidade com a bola. Insistiram, dormiam com ela, até que desistiram. Mas era só de curtição. Marco Antônio, Renan, Zó e Kel se tornaram profissionais.
Essa turma aí fazia a preliminar do Massicas x Magnatas, o maior clássico do futebol Society de Vitória da Conquista. Bira Bigode era um goleiraço e juntos fizemos muito barulho no Campinho da Granja, onde hoje está funcionando O Candieiro, restaurante do nosso amigo Du.
Olhe os artistas de foto: eu, (Massinha), Tilo Seixas, Robson Fagundes, Renan, Kel e Raimundo Almeida; Agachados: Neto Cardoso, Vinicus Fagundes, Zó e Marco Antônio Almeida.
Seu Izalto, pai de Massinha, sempre estava a a frente dos eventos que ele idealizava quando morava em Condeúba. Os jogos eram realizados na praça da feira,a juventude toda participava e aplaudia.
Tal pai, tal filho