Não foi bom, claro, nunca é legal você perder um amigo, um parceiro, principalmente quando ele é um desportista, porque com essa turma sempre rolava umas “resenhas” das boas.
Bacana, era assim que Guimarães tratava à todos. Guima, nós o chamávamos assim carinhosamente. O Mestre Sana, treinador da seleção de Amadores de Conquista, confiava demais naquele menino baixinho, mas que subia mais que a “nega do leite”, como dizia Cacau, auxiliar da seleção. Realmente, subia como poucos, jamais perdia uma pelo alto, ninguém era melhor do que ele no cabeçeio, nem o gigante Nade, seu companheiro de zaga na seleção campeã do Intermunicipal em 1979.
Líder inconteste, dentro de campo e fora dele. Guimarães do Bahia, do Ibirapuera, da seleção, do Dinamite, time de Murilo Mármore que disputou o Campeonato de Futebol de Pelada no Parque de Exposição. Guima das lutas sociais, do Sindicato dos Comerciários, do PCdoB, partido que o acolheu faz tempo.
Guima partiu prematuramente, mas ele próprio entendia os desígnios de Deus. Vá com ELE, amigo; em quem você cria tanto. Vá se encontrar com Jaimilton, Paulo Gerônimo, Marcos Menezes, Antonio Pina, Roliço, Almir e tantos outros que já se foram. Pode ir, seu lugar é garantido no baba que o Mestre Sana vai organizar. Ele vai lhe “deitar” no miolo da zaga. Você não fica de fora de nenhuma pelada. Você sempre foi muito BACANA!