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O Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) terá candidatura própria nas eleições de outubro deste ano para a Prefeitura de Vitória da Conquista. Foi com esse espírito que os militantes do partido se encontraram, em plenária que empossou o novo diretório municipal, realizada na noite desta segunda (13), com a presença de movimentos sociais e membros de outras siglas partidárias.
Conduzindo a abertura dos debates, o membro da direção nacional do PSOL Francisvaldo Mendes, fez uma análise de conjuntura do cenário político internacional e nacional. “A experiência do PT de não enfrentar os problemas estruturais e o grande capital, demonstra que essa experiência não pode ser repetida, haja vista que quando a crise chegou, o capital decidiu colocar de volta os seus legítimos representantes da direita”, pontuou. Ao citar os diversos municípios do país em que o PSOL vai disputar o processo com chance real de vencer as eleições, defendeu a importância das candidaturas nas cidades em que o partido está constituído e reafirmou que “não basta ao partido vencer a eleição, mas também capacitar a população para que ela seja a protagonista do processo”.
Durante as intervenções sobre a política municipal, os participantes foram unânimes na defesa da candidatura do PSOL enquanto alternativa política que aponte soluções para os complexos problemas enfrentados pela cidade. Presentes no evento, a REDE Sustentabilidade e o PCB, partidos que discutem a configuração de uma frente de esquerda com o PSOL, defenderam um amplo processo de discussão que aponte alternativas para a cidade.
Ao colocar o seu nome à disposição do partido, o professor e filosofo, Euvaldo Cotinguiba, conclamou que o partido esteja sempre ligado às bases, se fortalecendo com o apoio da militância. “Nossa opção política não abre mão das bases referendadas nos movimentos sociais e, por isso, defendemos incisivamente a horizontalização do processo decisório da cidade”, argumentou. Criticando os rumos que o governo petista levou a cidade, o presidente do PSOL-Bahia e também pré-candidato, Ronaldo Santos disse que “a candidatura do PSOL será crítica, propositiva no sentido de apontar caminhos para a cidade”.
Os princípios e propostas do PSOL para a cidade foram reafirmados pelo presidente do diretório municipal, Eduardo Leite, ao encerrar o encontro. “Nós temos o desafio de utilizar a eleição para contribuir com a luta dos oprimidos, por isso, queremos constituir uma frente de esquerda para intervir nas eleições de modo a pautar a cidade e os seus complexos problemas. É preciso avançar nas discussões sobre o sistema municipal de educação, e também, nas formas de enfrentamento à violência que se abate sobre a cidade, para desta forma, iniciarmos um enfrentamento à cultura do medo que impossibilita a população de vivenciar a cidade enquanto um espaço público”, pontuou. O partido continua promovendo a discussão interna e após o São João o nome do candidato será anunciado.