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Dos tipos de maternidade…

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Eu, Pedro e os netos holandeses Feije e Josse.

Por Monalisa Barros*

Há vinte anos atrás, eu trabalhava no instituto São Tarcísio como psicóloga. Um dia na sala dos professores, Bebel, professora de português, chega contando um caso de uma menina da Holanda que estava numa casa e que não estava se adaptando por que a mãe queria que ela de fato ficasse no lugar da filha que estava nos Estados unidos, isso significava que a mãe queria que ela dormisse na cama dela quando o pai fosse para a fazenda que aceitasse assistir televisão com ela fazendo cafuné, que não usasse roupas sem sutiã e que frequentasse a mesma igreja da família. Além disso, a menina tinha epilepsia e játinha sido rejeitad por isso em outros países e fampilias.

Cheguei em casa, contei o fato na hora do almoço. Meu filho, Leonardo, na época com 11 anos, logo me disse: Mãe, e por que você não disse que ela pode ficar em nossa casa? Entreolhamos todos e começamos a pensar nesta possibilidade. Tínhamos uma casa em que havia espaço para ela. A epilepsia nunca nos pareceu um problema. Saberíamso respeitar as diferenças culturais e aprender muito com elas. Daí conversamos sobre o assunto e resolvemos que sim, poderíamos nos candidatar a recebe-la em nossa casa.

No dia seguinte, cheguei animada na escola e ao encontrar com Bebel lhe contei a novidade: nós toparíamos receber a garota. Era uma situação atípica pois ela teria 17 anos e nossos filho a época teriam 11 e 2 anos. Ou seja, não teríamos companheiros de escola e de saídas. As coisas se resolveram bem. Roos se integrou á casa. Rapidamente era já tinha dois irmãos!

Bem, logo após Roos ter retornado a Holanda nós nos mudamos com as crianças, para a Inglaterra, onde fiz o mestrado. Tivemos muitas oportunidades de nos encontrarmos. Primeiro ela esteve conosco quando as crianças chegaram dois meses depois de mim. Nos ajudou na adaptação. Depois foi a vez de irmos á sua casa. Nos surpreendemos com a receptividade ecalor humano que os holandeses tem. Diferente dos ingleses, eles tocam uns aos outros, beijam, se aproximam, cuidam alegremente e afetuosamente das crianças.

Nos tornamos uma família. Roos se casou, teve dois filhos, já voltou algumas vezes ao Brasil, inclusive para nos apresentar ao noivo. Quando há doze anos atrás tivemos o Pedro ela contava a todos que a sua mãe estava grávida e quando se assutavam dizia a minha outra mãe, a brasileira.

Quando ela retornou á Holanda, a AFS, empresa pela qual ela fez o intercâmbio, lançou um concurso de fotos entre os intercambistas. Eles tinham que enviar uma foto com uma frase do que representou a sua vida no outro país; Roos ganhou o concurso e a camiseta do encontro foi feita com a foto e frase dela. A foto era da nossa despedida no aeroporto de Conquista e a frase era: A minha segunda família mora no Brasil!

Me emociono de contar! Pois de fato ganhei uma filha! E netos! Tem muitas formas de exercer a maternidade e Roos me ensinou mais uma! Mas em todas precisamos nos emprestar ao outro!

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Eu. Ina e Gustaaf, pais de Roos

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Eu e Roos, janeiro de 2016, Armstoorf, Holanda.

1 resposta para “Dos tipos de maternidade…”

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