Herzem

No início, logo após a sua posse, o prefeito Herzem Gusmão disse que estava surpreso ao chegar ao cargo máximo de dirigente da capital do sudoeste da Bahia, Vitória da Conquista, sua terra natal. “É muita responsabilidade sentar nesta cadeira. Já que chegamos aqui, vou honrar a confiança daqueles que votaram em mim”, disse o prefeito na sala principal do histórico casarão instalado na Praça Joaquim Correia.
Agora, mais que honrar os mais de 90 mil votos recebidos dos conquistenses, Herzem tinha e tem a obrigação de satisfazer também os anseios daqueles que preferiram apostar no deputado Zé Raimundo, seu adversário no segundo turno. E aqueles que preferiram continuar votando no PT e outros tantos que preferiram se omitir começaram a observar a gestão do emedebista, quer dizer, os primeiros nem tanto, boa parte começou e continua fazendo marcação cerrada, apostando em possíveis erros de Herzem, pois não queriam de jeito nenhum ver interrompidos os vinte longos anos de governo que quebrou a hegemonia pedralista.Estava tudo certo para os adversários que Herzem não suportaria a pressão e que tropeçaria nos próprios erros. Como as nuvens, a política local mudou e o prefeito já está sabendo que os adversários já dizem publicamente: “será difícil vence-lo, o prefeito não está morto; ou a gente une todo mundo ou perdemos a eleição; é preciso renovar, vamos colocar um nome novo”, são afirmativas através de entrevistas e também nas redes sociais.
Guilherme e Zé Raimundo, os dois nomes mais citados dentro do PT para concorrer com Herzem, não se dizem candidatos, mas muitos apostam naquela história do sapo: “me jogue dentro d’água que eu não sei nadar”.
E para demonstrar que não está brincando, o prefeito que já foi o principal defensor do programa de governo encabeçado por Guilherme, Zé e Nonô afirma e reafirma: “não fui eu que mudei, foram eles que mudaram”.