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Foto: Celso Rios

Por Celso Rios

Na manhã dessa segunda-feira (17), em Vitória da Conquista, foi deflagrada a operação Overbooking, o nome usado fez referência ao termo comumente empregado na aviação, quando se tem excesso do número de passageiros para as vagas das aeronaves, ou de uso do aeroporto.

Segundo o delegado da Polícia Federal, Emerson Fonseca, a operação que vem sendo realizada desde o ano de 2015 constatou junto ao inquérito policial, o uso comercial de um aeródromo, batizado de “Ninho das Águias”. A área fica localizada às margens da Rodovia BA-263, no povoado de Goiabeira, zona rural do maior município do sudoeste baiano.

“Esse aeródromo estava sendo usado de forma não autorizada pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC). Por isso a parceria entre a ANAC, o Ministério Público Federal (MPF), a Justiça Federal e a Polícia Federal (PF). Foram emitidos nessa manhã cinco mandados de busca e apreensão em endereços de proprietários de grandes galpões nesse aeródromo. Além disso, foram flagradas 21 aeronaves estacionadas, demonstrando que o movimento era intenso no local”, explicou o delegado da PF.

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Foto: Celso Rios

Os suspeitos devem responder por crimes ambientais (por desmatamento de um local sem autorização), invasão de terras da União e crime de risco a aviação (uso de uma aeronave em risco de uma queda representar um perigo efetivo ao cair numa área urbana, além de se ter veículos sem condições de uso e pilotos não capacitados para pilotagem).     .

“A área é pública, terreno da União, que se consiste numa localidade destinada a assentamento, mas alguém terminou grilando, tomando a terra de quem foi assentado e o expulsando. Após isso, ocorreu o desmatamento de uma área que é pertencente ao bioma de Mata Atlântica, o que consiste em crime ambiental. Outro fato é a existência de um aeródromo com suporte para pouso de aeronaves de tamanho razoável. Isso estava fugindo ao controle da ANAC, inclusive com a ocorrência de diversos voos sobre a área urbana da cidade e de municípios vizinhos”, frisou Emerson.

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Foto: Celso Rios

A autoridade ressaltou que eram feitos transporte de passageiros e constantes decolagens e pousos para fins comerciais.

“A emergência de se fazer uma investigação conjunta com tantos órgãos é que o risco para essa região era bastante grande, já que essas aeronaves não são autorizadas a sobrevoar áreas urbanas. Mas, isso estava acontecendo e ficou provado, o que estava colocando em risco toda população. Foi também recebida pela PF denúncias que no local se tinha bastante movimentação noturna, buscamos mais provas nesse sentido e a investigação ainda prossegue para amadurecer essa informação”, finalizou o delegado da PF.