:: 14/dez/2025 . 18:24

Amigos e amigas, em 1988, em cima do trio elétrico Estrelar, do Bloco Massicas, ao final do desfile na Avenida Bartolomeu de Gusmão, eu li um manifesto. Não era apenas um manifesto do nosso bloco, mas um pleito da juventude carnavalesca de Vitória da Conquista. Ali defendíamos a transformação da nossa festa de Momo, do nosso carnaval tradicional, em uma micareta, a exemplo do que já acontecia em Feira de Santana.

Naquele momento, muitos acharam que estávamos cometendo uma loucura, um exagero, quase um devaneio. Mas não. Eu tinha certeza. Nós tínhamos certeza. A diretoria do Massicas tinha absoluta convicção de que aquele pedido, quase um decreto popular, não teria volta. Para isso, era necessário o aval do então futuro prefeito da cidade, Dr. Murilo Mármore.

E foi um ato de coragem. De ousadia. Sabíamos que estávamos abrindo um novo caminho para Vitória da Conquista, embora não tivéssemos a dimensão exata de que aquela festa ultrapassaria fronteiras e ganharia o Brasil. O que fizemos aqui mudou o conceito da micareta de Feira de Santana e apresentou um novo formato, um novo layout, um modelo que passou a ser copiado em várias partes do país.

Seguimos em frente. Lutamos. E em 1989, já sob o governo de Dr. Murilo Mármore, que acolheu a proposta, realizamos a primeira festa. No início, parecia que seria um fracasso. O desfile começou esvaziado. Ali na Vitor Brito, próximo ao posto de gasolina, descemos pela Bartolomeu de Gusmão em direção ao antigo SAMU para depois retornar. No começo, quase ninguém. Mas, ao final, estávamos consagrados. A Miconquista tinha nascido vitoriosa. :: LEIA MAIS »

Há quem diga, e é verdade, é a mais pura verdade, que a torcida do Flamengo provavelmente seja maior do que a do Vasco. Mas não existe torcida mais apaixonada, mais envolvente, que jogue junto com o time, do que a torcida do nosso querido Vasco da Gama, o Gigante da Colina. Observem os jogos, prestem atenção nas arquibancadas, nos camarotes, não importa. Observem também nos bares ao redor de São Januário ou em qualquer estádio onde o time vascaíno esteja se apresentando.

A torcida é diferenciada. É uma torcida que grita o gol, vibra com a defesa do goleiro, xinga o juiz, segura a camisa, esfrega no peito, bate palmas, vaia, faz tudo e não abandona a equipe jamais, mesmo diante das adversidades, como vem acontecendo nos últimos tempos.

Mas hoje vamos entrar em campo no Maracanã buscando mais uma vitória, muito embora o empate já seja suficiente para garantir a classificação para a final da Copa do Brasil. É claro que a vitória é o que mais queremos. É ela que consagra de vez esse time que, ao que tudo indica, pode estar vivendo uma virada de chave. :: LEIA MAIS »