PEC da Blindagem e o encontro Trump–Lula: política, pragmatismo e contradições
Mais do que voltar atrás, o político precisa ter a sensibilidade de evitar desgastes desnecessários. Aprovar projetos que envergonham o país, como a PEC da Blindagem, é uma afronta à sociedade. É preciso lembrar: não é apenas a base de apoio ou um grupo restrito que observa os movimentos em Brasília, é o Brasil inteiro.
No mesmo cenário político internacional, outro fato chamou atenção: o rápido encontro entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva. Foram apenas 39 segundos, mas suficientes para Trump afirmar: “Eu gostei dele e ele também gostou de mim”.
A postura de Lula no evento internacional repercutiu dentro e fora do Brasil. O mundo atravessa tempos difíceis e, nesse contexto, confrontar uma potência como os Estados Unidos exige firmeza, mas também cautela. Muitos analistas apontam os riscos de se bater de frente com Washington, ainda que em nome da soberania nacional.
No entanto, se as palavras de Trump forem genuínas, esse breve contato pode ser o início de uma abertura importante: uma visita à Casa Branca, com conversas mais profundas e uma pauta bilateral voltada aos interesses das duas nações.
O gesto de Trump surpreendeu até mesmo parte do eleitorado alinhado ao bolsonarismo, que esperava dele uma postura mais dura em relação a Lula. Mas é aí que a política mostra sua essência: ela é pragmática. Hoje se confronta, amanhã se dialoga. Hoje se rompe, amanhã se aproxima.
No fim, prevalece a frase que sintetiza bem esse cenário: a política é como nuvem, muda de lugar a qualquer momento.