Quem pensa que o
Carnaval é apenas festa, folia, beijos e abraços, está enganado. Para os foliões, pode até ser assim, mas para os empresários que investem alto nesse mercado, os desafios começam bem antes da folia e se intensificam à medida que os dias passam. O Carnaval de Salvador, considerado a maior festa de rua do mundo, movimenta bilhões na economia, gerando empregos e demandando grandes investimentos.

Tudo é planejado com antecedência, desde a produção de blocos até a construção dos suntuosos e confortáveis camarotes, onde os foliões pagam caro para ter uma experiência diferenciada. No entanto, um impasse envolvendo um dos principais camarotes do circuito Barra-Ondina tem causado dor de cabeça para os organizadores e polêmica entre a população.

A questão gira em torno de uma passarela construída para facilitar o acesso dos clientes do camarote, permitindo que chegassem ao espaço sem precisar passar pela multidão. A população, no entanto, contestou a estrutura, alegando que ela restringia o uso do espaço público e beneficiava apenas um grupo seleto de foliões.

A polêmica se arrastava há dias, mas apenas hoje a situação se agravou, levando o Ministério Público da Bahia (MP-BA) a determinar a interdição da passarela. A decisão repercutiu fortemente na imprensa, acirrando ainda mais os ânimos.

Agora, resta saber se a interdição será mantida ou se alguma solução será encontrada. Enquanto isso, fica a expectativa: os foliões que compraram o acesso ao camarote pisarão no tapete vermelho da passarela ou serão sujos pelas águas que correrão pela avenida, depois da chuva que promete cair sobre a capital baiana nesses dias de festa?