A recente alta nos preços das passagens aéreas praticados pelas companhias que operam em Vitória da Conquista tem levantado uma reflexão profunda na sociedade local:
Valeu a pena a construção do Aeroporto Glauber Rocha?

A princípio, a construção do novo aeroporto representou um marco de progresso para a cidade e toda a região sudoeste da Bahia, além de atender parte do norte de Minas Gerais. A promessa era clara: modernizar a estrutura aeroportuária, ampliar a oferta de voos e reduzir os custos para os passageiros, permitindo maior conectividade com a capital baiana e outras cidades do país.

O antigo Aeroporto Otacílio de Figueiredo já não comportava a crescente demanda da região, apresentando instalações limitadas e falhas técnicas, como a constante dificuldade de pousos devido à baixa visibilidade. Por isso, a mobilização da população, especialmente com o apoio de movimentos como o Conquista Pode Voar Mais Alto, foi fundamental para viabilizar a construção do Aeroporto Glauber Rocha, que, após sua inauguração, parecia cumprir bem seu propósito, proporcionando voos a preços acessíveis e mais conectividade.

No entanto, esse cenário mudou drasticamente. Hoje, o alto custo das passagens e a falta de voos diretos para Salvador têm gerado frustração e questionamentos. O problema se tornou ainda mais grave quando, em certos casos, voos para a capital baiana exigem conexões em São Paulo ou Belo Horizonte, encarecendo ainda mais as viagens.

E agora? O que pode ser feito?

A sociedade conquistense começa a se mobilizar novamente em busca de respostas e soluções. Uma reunião prevista para o início de fevereiro, liderada pelo movimento Conquista Pode Voar Mais Alto, promete discutir o tema com as autoridades, empresas aéreas e representantes do governo.

A expectativa é de que medidas urgentes sejam tomadas, como a ampliação da oferta de voos e a revisão dos preços praticados, de forma que o Aeroporto Glauber Rocha volte a cumprir o papel para o qual foi projetado: conectar Conquista ao Brasil com eficiência e tarifas justas.

Afinal, o investimento feito e a luta da população merecem um resultado à altura das expectativas. É hora de retomar o diálogo e buscar soluções para que o progresso continue sendo uma realidade, não um paradoxo.