Vitória da Conquista: 184 anos de desenvolvimento e independência política. Desde Pedral, passando por Guilherme e Herzem, até chegar a Sheila Lemos.
A manchete menciona o desenvolvimento de Vitória da Conquista e sua independência política. Em outra oportunidade, falaremos sobre o nosso desenvolvimento, que, sem sombra de dúvidas, é uma realidade. Mas, ao tratar da nossa independência política, precisamos recorrer ao passado, e para abordar esse tema, recorro ao memorialista, professor e historiador Durval Menezes, que conhece profundamente a história política da “Joia do Sertão Baiano”.
Sobre a independência política, destaco as lideranças mais recentes, que se sobressaíram por sua força individual, carisma e outros atributos. Tenho a impressão de que a população, especialmente aqueles que leem nosso blog, podem concordar comigo (ou discordar, claro). Pedral, sem sombra de dúvidas, foi o maior líder da história política de Vitória da Conquista, uma liderança incontestável. Tive a oportunidade de conviver com ele, conhecê-lo, e vi que era, de fato, a maior liderança que tivemos no interior da Bahia e uma das maiores do estado. Pedral, engenheiro de família rica, sempre esteve preocupado com nossa cidade. Lutou bravamente contra o sistema que queria impor uma dependência política, mas ele não aceitou. Seu legado é notável, mesmo quando estava com seus direitos políticos cassados, sua liderança era indiscutível. Pedral esteve à frente dos momentos políticos mais desafiadores de nossa história, e, após ser cassado, voltou e foi reeleito, permanecendo por mais 20 anos à frente das decisões políticas da cidade.
Depois dele, veio o Dr. Guilherme Menezes, um homem de carisma indiscutível, que teve momentos brilhantes como prefeito de Conquista e como líder do PT local. Ele e seu grupo — Waldenor Pereira, José Raimundo e partidos aliados — trouxeram uma nova visão para a cidade, desafiando a ideia de que “Conquista não tem dono” e, assim, encerraram o ciclo de Pedral. Guilherme é lembrado pelo que fez e idealizou para a cidade, que inspirou muitas das realizações posteriores.
Em seguida, surge a figura meteórica de Herzem Gusmão, um renomado radialista baiano com uma voz marcante e poder de convencimento singular. Ele se tornou um nome forte tanto para disputar a Prefeitura de Conquista quanto uma cadeira na Assembleia Estadual, interrompendo o domínio petista em Vitória da Conquista. Herzem teve uma passagem rápida, mas construiu um patrimônio político importante, e, como todos sabem, partiu, deixando sua marca na política local.
Agora, surge uma mulher como prefeita: Sheila Lemos. Embora Conquista tenha uma rica história política com grandes mulheres, é com Sheila que surge uma nova liderança. Sheila não é uma figura política apaixonada como Pedral ou Guilherme, e talvez não atraia aqueles que buscam líderes com discursos mais firmes. No entanto, ela se destacou por seu estilo único de fazer política, impondo-se como uma administradora respeitada, tanto que venceu as eleições no primeiro turno. Estamos falando da aceitação popular e de como a população a vê como uma grande administradora. Hoje, Sheila começa a se revelar também como uma liderança política, e o que acontecerá a partir de janeiro de 2025 será crucial para seu futuro.
Sheila Lemos agora pode se apresentar como uma nova liderança feminina para a cidade e para o interior do estado, com potencial para as próximas eleições que se aproximam.