Algumas pessoas questionam os motivos que levaram a prefeita Sheila Lemos a autorizar a Seinfra (Secretaria de Infraestrutura), sob o comando do jovem secretário Jackson Yoshiura, mais conhecido como Japa, a fazer o recapeamento da avenida Otávio Santos. Esta é uma das vias mais destacadas da cidade, especialmente por abrigar o maior número de clínicas, consultórios médicos e até hospitais, como é o caso do Andro/Unimed e do São Lucas Day Hospital. Esses locais atendem a população de Vitória da Conquista e uma imensidão de moradores da região sudoeste e do norte de Minas Gerais, todos em busca de saúde de qualidade, já que somos um polo no setor.

Diariamente, centenas, até milhares de pessoas, que são responsáveis por boa parte do PIB (Produto Interno Bruto) de Vitória da Conquista, passam por ali. O impacto econômico vem das despesas com internações, consultas e compra de medicamentos, justificando assim a decisão da prefeita, que, aliás, já deveria ter sido tomada por gestores anteriores.

É natural que, à primeira vista, alguns sejam contrários à determinação do executivo e apresentem o seguinte argumento: “Por que gastar com asfalto em uma rua onde há calçamento, e não fazê-lo em outro local, em outra via que seja de chão e precise muito mais que a Otávio?” Tem sentido, não é? Sim, é verdade, tem. Ainda bem que nossa cidade é dotada de pessoas inteligentes e questionadoras. Só que, nesse caso, é preciso avaliar os motivos que levaram a prefeita a decidir pela requalificação do asfalto acidentado na parte superior da Otávio. A situação na parte inferior é ainda pior, pois trata-se de um antigo calçamento de pedras que, respeitando as opiniões contrárias, já passou da hora de ser melhor visto por outros prefeitos.

Talvez a demora se deva à dificuldade em convencer um deputado a destinar uma emenda parlamentar para a execução da obra, evitando assim que a prefeitura recorresse ao tesouro municipal. A prefeita conseguiu sensibilizar um ilustre aliado (ainda não tenho o nome) e, assim, brindará a nossa população como um todo, indistintamente, não importa a que partido pertença, todos serão beneficiados.